Intolerância
“É uma cena de crime muito horrível. É uma das piores que já vi”, foi assim que o diretor de segurança pública de Pittsburgh, nos Estados Unidos, Wendell Hissrich, descreveu a tragédia causada por um atirador que abriu fogo, ontem, contra judeus em uma sinagoga da cidade. O homem, identificado com Robert Bowers, deixou 11 mortos e seis feridos antes de ser detido.
O atentado aconteceu na sinagoga Árvore da Vida, durante uma cerimônia do shabat, o dia de descanso semanal no judaísmo. “Houve 11 mortos no tiroteio”, disse Wendell Hissrich em coletiva de imprensa, acrescentando que não há crianças entre os mortos. “Houve também seis feridos, entre eles quatro policiais”, completou.
Autoridades confirmaram que o suspeito está sob custódia e suas ações “representam o pior da humanidade”, nas palavras do procurador federal para o distrito oeste da Pensilvânia, Scott Brady.
O FBI (polícia federal americana) está investigando o ataque como crime de ódio. O atirador será processado por crime antissemita, entre outros, e pode ser condenado à morte, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. “Ódio e violência com base na religião não têm lugar em nossa sociedade”, declarou o procurador-geral, Jeff Sessions.
“Estes supostos crimes são condenáveis e totalmente repugnantes aos valores da nação. Consequentemente, o Departamento de Justiça denunciará o réu por crimes de ódio e outros, incluindo acusações que podem levar à pena de morte”, revelou.
Diferentes veículos de imprensa já haviam antecipado a identidade do atirador, um morador de Pittsburgh, 46 anos, autor de publicações na internet repletas de comentários antissemitas.
Segundo testemunhas, ele teria gritado insultos antissemitas durante o ataque, um crime cometido em um momento em que os Estados Unidos testemunham um forte aumento de incidentes contra esta comunidade.
Após o ataque, o edifício foi isolado e estava cercado