Correio da Bahia

Haddad finaliza campanha na periferia

- Herbem Gramacho e agências

O candidato do PT à Presidênci­a da República, Fernando Haddad, escolheu a maior favela de São Paulo para fechar a campanha ontem. É simbólico: após sofrer críticas por se distanciar da periferia, o partido acredita que é fundamenta­l recuperar os votos dos eleitores historicam­ente ligados à legenda para conseguir virar a disputa com Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto.

Em Heliópolis, na Zona Sul da capital paulista, Haddad participou pela manhã de uma caminhada pela paz - a militância usou camisas e bandeiras brancas, no lugar do tradiciona­l vermelho.

“Temos que nos conectar com a periferia, temos que nos conectar com as outras pessoas que estão sofrendo. Precisamos abraçar cada brasileiro. Vamos procurar o diferente, com humildade, e aprender com quem me deu apoio e também com quem não me deu, mas quer o bem do país. Vamos tijolo a tijolo reconstrui­r esse país”, afirmou o presidenci­ável, que na última semana anunciou que, se eleito, aumentará em 20% o valor do Bolsa Família e vai tabelar o preço do botijão de gás em R$ 49.

O candidato manteve o discurso de confiança na virada, adotado nos últimos dias, após institutos de pesquisa apontarem seu cresciment­o. “Agradeço você que está na rua, lutando por um país livre e democrátic­o. Sei do esforço que vocês estão fazendo, mas valerá a pena. Vote com um livro na mão. Urna é lugar de depositar esperança”, escreveu em sua conta no Twitter. “Acho que tem uma energia que eu pessoalmen­te nunca vi em uma eleição. Tem uma energia de última hora e uma apreensão, parece que parte da população acordou para os riscos que Bolsonaro representa e está alertando seus pares”.

Na favela de Heliópolis, Fernando Haddad voltou a se posicionar contra o armamento da população, ideia defendida pelo seu oponente.

A reformulaç­ão do Estatuto do Desarmamen­to consta no plano de governo do candidato do PSL.

O professor falou sobre seu plano para reduzir a violência, caso seja eleito. “A nossa proposta é que a Polícia Federal assuma as responsabi­lidades de combater o crime organizado para que as polícias estaduais possam ajudar a comunidade a enfrentar o dia a dia da segurança pública. Para isso nós queremos duplicar o contingent­e da PF e assumir as responsabi­lidades nacionais”.

À tarde, Fernando Haddad conversou com artistas e respondeu perguntas da população através de uma transmissã­o no Twitter.

As cantoras Daniela Mercury e Margareth Menezes, entre outros famosos, participar­am. À apresentad­ora Bela Gil, o candidato petista afirmou que o Brasil tem “tecnologia suficiente para acabar com a fome no mundo”.

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Fernando Haddad, ao lado da esposa, Ana Estela, puxa caminhada na favela de Heliópolis, em São Paulo

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