Bolsonaro defende obediência à Constituição
O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou que é preciso defender as leis e obedecer a Constituição para mudar o país. Ontem, na véspera da votação, o líder nas pesquisas passou o dia em casa, Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), e usou suas redes sociais para interagir com os apoiadores e reforçar discursos que marcaram sua campanha, como a defesa da família e da propriedade privada.
Ao pregar a obediência à Carta Magna, Bolsonaro disse que ela lhe dará governabilidade. “Eu sou grato à Constituição, porque ela vai me dar governabilidade. A forma de mudarmos o Brasil será através da defesa das leis e da obediência à Constituição, Assim, novamente, ressaltamos que faremos tudo na forma da lei”, enfatizou.
Para o candidato do PSL, o que está em jogo é o combate à corrupção. “O que está em jogo é essa máquina podre sustentada pela corrupção para tirar de vocês a saúde, a educação. O que está em jogo é a luta contra a corrupção. Eles conseguiram quebrar a Petrobras”, afirmou, ao criticar o rival no segundo turno, Fernando Haddad (PT). “Todas as mudanças que fez no plano de governo vão voltar caso chegue à Presidência”,
` complementou.
Bolsonaro voltou a pregar a defesa da família e da propriedade privada, afirmando que os bens materiais, quando adquiridos de forma honesta, não podem ser roubados ou invadidos.
“As pessoas devem ter liberdade de fazer suas escolhas. Os frutos materiais dessas escolhas, quando geradas de forma honesta em uma economia de livre iniciativa, têm nome: propriedade privada! Seu celular, seu relógio, sua poupança, sua casa, sua moto, seu carro, sua terra, são frutos do seu trabalho! São sagrados e não podem ser roubados, invadidos ou expropriados”, disse.
O capitão da reserva do Exército ressaltou, ainda, que seu governo não será formado por indicações políticas. Ele voltou a afirmar que sua equipe será escolhida a partir de critérios técnicos. “Vamos acabar com essas indicações partidárias”, disse.
Jair Bolsonaro voltou a afirmar que é alvo de fake news da campanha petista, citando o caso do cantor Geraldo Azevedo, que acusou o vice na chapa do PSL, general Mourão (PSL), de ser torturador. Mourão negou e disse que em 1969, ano em que o artista foi preso pela primeira vez, ainda não tinha entrado no Exército.
“Eles usaram essa fake news contra mim e contra o general Mourão. Eles devem se desculpar com Mourão e com o Brasil”, ressaltou.
Em live no Facebook, ele foi acompanhado do deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro Helio Bolsonaro e disse que, se for eleito, vai trabalhar pela união do país. “Vamos acabar com essa divisão de negros e brancos, homossexuais e heterossexuais. Precisamos unir o Brasil”.