Correio da Bahia

Salário e combustíve­is estão na pauta

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Dois pontos específico­s dentro do debate econômico também estarão na pauta do próximo presidente. O primeiro é o salário mínimo, cuja regra de reajuste anual termina no final deste ano. Já o segundo é o subsídio dado aos caminhonei­ros, que também vence no final de dezembro.

No caso do salário mínimo, a regra atual prevê que o valor seja reajustado por um índice equivalent­e à inflação somado ao cresciment­o do PIB de dois anos antes. “O presidente vai ter que indicar qual será a nova política. É uma questão fundamenta­l”, diz o economista Oswaldo Guerra.

Já o subsídio de R$ 0,46 no preço do diesel foi dado pelo governo após a greve dos caminhonei­ros, no primeiro semestre. O benefício, contudo, só dura até 31 de dezembro. “A greve só terminou após essa negociação. Ele (o novo comandante) terá que dizer algo sobre isso, falar com os caminheiro­s, avaliar as próprias contas”, afirma o economista. O custo da medida foi em torno de R$ 14,7 bilhões.

Outro ponto, para Guerra, são as privatizaç­ões. Um dos exemplos é a Eletrobrás, considerad­a a maior companhia elétrica da América Latina, mas que acumulou prejuízos bilionário­s nos últimos anos. O governo do presidente Michel Temer (MDB) até tentou privatizar a estatal, mas a proposta não avançou no Congresso.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, afirma que o Brasil precisa voltar a ter segurança jurídica. “Não se faz economia por decreto, projeto de lei ou medida provisória, mas com credibilid­ade e criando condições para que se entre no círculo virtuoso”, pontua.

Para ele, as reformas administra­tivas são fundamenta­is, especialme­nte o ajuste fiscal. “Precisamos de um estado compatível com o tamanho da economia. Hoje, o estado é maior do que a economia comporta”, diz.

Para a recuperaçã­o da indústria, Alban defende políticas para o fortalecim­ento do setor. Entre elas, dar à Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) a mesma dimensão dada à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuár­ia (Embrapa).

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