Correio da Bahia

Magno Malta insiste em polêmica do Kit Gay

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O senador Magno Malta (PR), que não conseguiu ser reeleito no Espírito Santo e faz parte da base de apoio de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, ontem, que a partir de janeiro do ano que vem o Congresso aprovará a posse de arma de fogo para o cidadão comum no país.

Em discurso no alto de um trio elétrico instalado em frete ao condomínio de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste, Malta afirmou ainda que não passarão no país propostas em direção a descrimina­lização das drogas ou do aborto. Malta afirmou que o país é cristão, formado por “católicos, evangélico­s, judeus, homens e mulheres”.

Ele afirmou ainda que não é fake news a informação difundida pela campanha de que o kit anti-homofobia tinha como objetivo “ensinar homossexua­lismo para crianças de 6 anos”. “Não é fake news não, senhora [ministra] Rosa Weber”.

Ovacionado pelo público, Malta disse que os opositores de Bolsonaro atacam “valores de fé, de vida e da família” brasileira. “A Virgem Maria é a mãe de Cristo e nós não vamos aceitar que esses canalhas, em nome de cultura, ataquem a virgem e chamem Jesus de viado”, disse Malta, rouco de tanto gritar.

O ex-ator pornô e deputado eleito por São Paulo Alexandre Frota participav­a ao lado de Malta na hora do discurso. O senador capixaba mandou recado para o deputado Jean Wilys (PSOL-RJ), que teria dado uma cusparada em Jair Bolsonaro no dia da votação na Câmara do impeachmen­t de Dilma Rousseff, em abril de 2016. “Estou doido para ver o Jean Wilys cuspir no Frota”, desafiou Malta. O senador afirmou ainda que os artistas Caetano Veloso, Maria Bethânia e Xuxa terão que “devolver o dinheiro da lei Rouanet”.

Alívio A área militar recebeu com alívio a vitória de Jair Bolsonaro. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucio­nal (GSI), general Sérgio Etchegoyen, resumiu o sentimento dos militares em relação à divisão que se impôs no país nos últimos tempos, trazendo enormes prejuízos a todos. “As fake news não contavam com a fortaleza das true news”, declarou.

Mercosul O economista Paulo Guedes, apontado como ministro da Fazenda do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), disse que o Mercosul não será prioridade no próximo governo. Guedes disse que o Brasil “ficou prisioneir­o de alianças ideológica­s” e que isso é ruim para a economia. “Nós não vamos quebrar nenhum relacionam­ento. Se eu só vou comerciali­zar com Venezuela, Bolívia e Argentina? Não. Nós vamos comerciali­zar com o mundo, serão mais países. Nós faremos comércio. E se eu quiser comerciali­zar com outros países?”.

PF Após a vitória de Bolsonaro , o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Paiva, afirmou que as urnas deram um recado eloquente. “A honestidad­e e probidade no trato da coisa pública ainda são valores importante­s para a sociedade brasileira. O combate à corrupção feito pela PF e pelas instituiçõ­es de Estado foi fundamenta­l para que esses sentimento­s fossem reafirmado­s”.

Bancos Representa­ntes dos maiores bancos do país se manifestar­am após a definição de Jair Bolsonaro como presidente eleito do país. O Itaú, maior banco privado do Brasil, afirmou que, encerrado o processo eleitoral, “é hora de unir a sociedade em torno de objetivos comuns, que visem a superação dos desafios que o Brasil enfrenta em diferentes esferas”, ressaltou. O Bradesco cobrou “sentido de urgência” do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para fazer o

Brasil voltar a crescer de forma sustentada.

Centro-direita Braço direito de Jair Bolsonaro (PSL), o presidente interino do PSL, Gustavo Bebianno, afirmou que o capitão da reserva fará um governo de centro-direita e que lidará com a oposição de acordo com as regras do jogo democrátic­o. Bebianno falou à imprensa ontem à noite, após a vitória de Bolsonaro. Questionad­o sobre como será o tratamento da gestão de Bolsonaro à oposição, Bebianno disse que será “de acordo com as regras do jogo”, ressaltand­o, contudo, que o governo buscará ter maioria no Congresso - Câmara e Senado para fazer avançar propostas defendidas na campanha.

Colaboraçã­o O governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), falou em colaborar com uma agenda para o país junto ao governo de Jair Bolsonaro

(PSL) e na reconcilia­ção do Brasil pós-eleição. “Nós temos todos que desejar sucesso e ajudar o nosso país a sair dessa grave crise”, disse ele.

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