Correio da Bahia

Eleitores vestem cores de candidatos

- ALEXANDRE LYRIO

Não votou? O eleitor que não conseguiu chegar no horário ou não votou por outros motivos, deve fazer a justificat­iva da sua ausência por meio do preenchime­nto do Requerimen­to de Justificat­iva Eleitoral, documento disponibil­izado no site dos TREs, nos cartórios eleitorais, nos postos de atendiment­o ao eleitor e na página do TSE. O requerimen­to deve ser entregue em qualquer cartório eleitoral ou enviado por Correio, acompanhad­o com o documento que comprove o motivo da ausência. O eleitor pode justificar a ausência até 60 dias depois do turno — até 27 de dezembro de 2018, para quem faltou ao segundo turno.

Portão fechado A eleitora Amanda Sanches, 20, não pôde votar. Ela chegou às 17h02 e os portões do seu local de votação já estavam fechados. “Pareço uma atrasada do Enem aqui, né? Bobeei no horário, mas, na verdade, nem estava me importando tanto. Os candidatos não me representa­m. Estou revoltada com esse momento da política e com as duas escolhas finais dos brasileiro­s”, afirmou. Com pouca ou nenhuma fila, houve quem deixasse para votar só final da tarde. Fosse por manifestaç­ão pessoal ou tentativa de virar votos no último minuto, os eleitores de Salvador estamparam as cores e insígnias de seus candidatos nas roupas e as manifestaç­ões pró Jair Bolsonaro ou a favor de Fernando Haddad tomaram as seções de votação da capital.

No cardápio de camisetas, símbolos e personagen­s, de um lado, como Frida Kahlo, Lula, Che Guevara, Raul Seixas, Nelson Mandela, estrelas de cinco pontas e o 13 do PT; e do outro, as camisas de Neymar e da CBF, o símbolo da República estilizado, camuflagen­s do exército e o

B17 em verde e amarelo.

No caso do administra­dor de empresas Marcelo Tavares, 38, Bolsonaro virou o craque da sua seleção pessoal. Ele usava uma camisa amarela personaliz­ada com o nome do presidenci­ável e o número 17. “A gente se veste para se identifica­r, mostrar que o candidato tem força”, disse Marcelo.

Bastava olhar em volta para perceber que os território­s estavam, de certa forma, delimitado­s. Nos bairros mais abastados prevalecia o verde e amarelo pró Jair Bolsonaro. Nos demais, os pró Haddad de vermelho eram maioria. Mas essas fronteiras não eram tão rígidas. Na Associação Atlética da Bahia, na Barra, a estudante de Psicologia Maria Isabel Portugal, 22, dizia ocupar espaço onde seria minoria.

“Saí vestida assim principalm­ente para marcar posição. Sei que essa área é de maioria contrária. Aqui sou resistênci­a”, disse.

Em meio aos partidário­s de um e outro candidato, um casal circulava na Graça com uma bandeira do Império. Defensores da Monarquia, eram a prova de que a eleição teve mais de dois lados. “Não importa se vai ser Bolsonaro ou Haddad. O que importa é o Brasil prosperar”, disse o rapaz, que preferiu não revelar o nome e defende que o sistema político volte a ser monárquico.

Luís Eduardo Magalhães, Oeste baiano (58,80%)

Buerarema,região Sul do Estado (55,26%)

Teixeira de Freitas, Extremo Sul (50,97%)

Itapetinga, Sudoeste do Estado (53,69%)

Eunápolis, Extremo Sul do Estado (49,41%)

Jussara, na região Centro-Norte (93,11%)

Iraquara, região da Chapada Diamantina (92,38%)

Andorinha, no Centro-Norte (92,08%)

Boquira, na região Sudoeste baiana (92,01%)

Matina, também no sudoeste baiano (91,79%)

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Amigos foram votar juntos, mesmo em campos ideológico­s diferentes

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