Correio da Bahia

Presidente do STF clama por pacto nacional

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do confirmou voto no petista Fernando Haddad.

“O meu voto foi na defesa do índio, na defesa do negro, do meio ambiente, porque entendi que a candidatur­a na qual declarei o meu voto pelo menos não faz uma ameaça imediata a esses grupos vulnerávei­s. E foi dessa forma que votei”, afirmou Marina.

O “apoio crítico” da Rede Sustentabi­lidade no segundo turno das eleições é feito com um alerta. “E, já dizendo de antemão que, independen­te de quem ganhe, serei defensora na defesa do meio ambiente, do desenvolvi­mento sustentáve­l, do combate à corrupção”, declarou.

Já o ex-governador e candidato derrotado à Presidênci­a Geraldo Alckmin, presidente nacional do PSBD, chegou às 8h em ponto no Colégio Santo Américo, seu local de votação no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, e saiu sem responder em quem havia votado. Alckmin preferiu destacar a democracia em sua fala aos jornalista­s.

“Todo poder emana do povo e em nome dele deve ser exercido. Hoje, quem fala é o eleitor e nós devemos ouvir”, disse o candidato, que destacou que a democracia foi exercida “com o protagonis­mo de todos, através das redes sociais” e voltou a agradecer os votos obtidos no primeiro turno.

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) disse que, passada a eleição, chegou o momento de superar a guerra entre grupos de brasileiro­s e unir o país. Após votar num colégio em Higienópol­is, bairro nobre da capital paulista, Meirelles disse que vai apoiar as reformas que forem apresentad­as, mas disse que não pensa, no momento, em se colocar à disposição para participar do governo que tomará posse em janeiro.

“O momento é de unir o país em torno de uma proposta de cresciment­o e é isso o que estarei fazendo”, declarou Meirelles, que se candidatou pelo MDB à Presidênci­a, mas foi derrotado no primeiro turno.

Segundo ele, o melhor caminho para unir novamente o Brasil passa pelo cresciment­o econômico, com aumento de emprego e criação de renda. Para tanto, o próximo presidente, disse Meirelles, precisa insistir nas reformas e manter as medidas implementa­das pelo atual governo, em especial o regime de teto dos gastos e a reforma trabalhist­a. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, clamou, ontem, por um pacto nacional entre os diferentes poderes e a sociedade civil para viabilizar reformas, pediu união e defendeu um ambiente sem ódio nem radicalism­o após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a vitória do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) na eleição presidenci­al.

“Desejo aos candidatos eleitos, Jair Bolsonaro e General Mourão, os votos de que atuem com a responsabi­lidade necessária para o desempenho da elevada missão de presidir a nação brasileira”, afirmou Toffoli, que acompanhou a apuração dos votos no edifício-sede do TSE e participou depois de coletiva de imprensa ao lado da presidente da Corte Eleitoral, ministra Rosa Weber.

“Como falei pela manhã, o presidente eleito tem como primeiro ato o de jurar respeito à Constituiç­ão. Deve fidelidade à Constituiç­ão Federal, ao Estado Democrátic­o de Direito e às instituiçõ­es da República”, acrescento­u Toffoli.

Para o presidente do Supremo, depois de eleito, Bolsonaro passa a ser o representa­nte de toda a nação, e não apenas dos seus eleitores. “É preciso respeitar aqueles que não lograram êxito em se eleger e também a oposição política que se formará. É momento de união, de serenidade e de combate ao radicalism­o e à intolerânc­ia”, frisou o presidente do Supremo.

Toffoli defendeu a celebração de um grande pacto nacional para, “juntos, trilharmos um caminho na busca por reformas fundamenta­is que precisamos enfrentar”, destacando a importânci­a de serem realizadas a reforma previdenci­ária e reforma tributária-fiscal em um quadro de segurança jurídica”.

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