Moro pode ocupar Ministério da Justiça
que tenha seus projetos aprovados. Ele defendeu mais uma vez que a presidência da Câmara não seja ocupada pelo seu partido. E ainda demonstrou disposição de dialogar com candidatos à Presidência com os quais concorreu.
O novo presidente voltou a se comprometer com o cumprimento da Constituição brasileira. Ele aproveitou para pedir o fim do clima de animosidade. “Estamos em uma outra época. Eu quero governar para todos. Não apenas para os que votaram em mim. Temos uma Constituição que tem que ser, realmente, a nossa bíblia aqui na terra. Respeitá-la, porque só dessa maneira podemos conviver em harmonia”, destacou.
Questionado no Jornal Nacional sobre como pretende lidar com a população LGBT, se desculpou por palavras ditas no passado em relação ao que ele chamou de “kit gay”. “A forma como ataquei essa questão é que foi um tanto quanto agressiva, porque achava que o momento merecia isso. Tivemos em parte sucesso porque no ano seguinte a presidente Dilma, depois de ouvir as bancadas evangélica e católica, resolveu recolher o material. Mas o rótulo ficou em cima de mim”, lembrou. “A essa agressão contra a família e contra a inocência das crianças em sala de aula resultou na minha forma um tanto quanto violenta, concordo, para tentar demover o ministério dessas cartilhas, filmes e cartazes”, complementou. O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, ontem à noite, em entrevista à Record TV, que vai convidar o juiz Sérgio Moro para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) ou o Ministério da Justiça. Bolsonaro ainda não procurou o magistrado, mas ressaltou que pretende agendar a conversa em breve. Pelo menos duas vagas na Corte serão abertas nos quatro anos de mandato do capitão da reserva, com a aposentadoria dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello.
“Se tivesse falado isso lá atrás, soaria oportunista. Pretendo sim (convidar Moro) não só para o Supremo, como quem sabe até para o Ministério da Justiça. Pretendo conversar com ele, saber se há interesse e, se houver interesse, da parte dele, com toda certeza será uma pessoa de extrema importância em um governo como o nosso”, disse Bolsonaro.
O presidente eleito afirmou ainda: “O juiz Sérgio Moro é um símbolo aqui no Brasil. Eu costumo dizer que é um homem que perdeu sua liberdade no combate à corrupção. Ele não pode mais ir à padaria sozinho ou ir passear com a família no shopping sem ter aparato de segurança ao lado. É um homem que tem que ter o trabalho reconhecido”.
No dia seguinte à eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência, o astronauta Marcos Pontes já trata sua nomeação ao Ministério de Ciência e Tecnologia como certeza. Na sua página no Facebook, ele disse que está muito feliz de ter a oportunidade de participar do governo e que agora “só falta o anúncio oficial” de sua indicação.
A gravação foi feita depois que ele deixou a casa do presidente eleito, no Rio de Janeiro. “Tem falado sempre no meu nome mais ou menos como Posto Ipiranga de Ciência e Tecnologia e agora só falta o anúncio oficial, realmente, da minha indicação pra ministro de Ciência e Tecnologia”, disse o astronauta, emendando que Bauru nunca teve um conterrâneo comandando a Pasta e que será “muito especial” para a região e o país.
“Estou muito feliz de ter participado não só da campanha, mas de ter a oportunidade de participar não só desse novo governo, em uma área que tem sido minha vida por 41 anos”, completou no vídeo de um minuto e meio. Primeiro brasileiro a ir para o espaço, Pontes se engajou na campanha de Bolsonaro neste ano e já foi citado para assumir a pasta, mas sem nenhuma confirmação ainda.
Nesta semana começa a transição do governo de Michel Temer para a gestão Bolsonaro, que começa em 1º de janeiro de 2019. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), cotado para a Casa Civil, será o responsável pela transição.