Correio da Bahia

Caso Battisti é alvo da nova gestão

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TRANSFERÊN­CIA DA EMBAIXADA DO BRASIL PARA JERUSALÉM

APROVEITAM­ENTO DE PARTE DA REFORMA DA PREVIDÊNCI­A PROPOSTA PELO GOVERNO TEMER

MANTER BOLSA-FAMÍLIA, COM NOVO MÉTODO DE CADASTRAME­NTO que pressuponh­a uma poupança individual do trabalhado­r.

“Não está batido o martelo, tenho desconfian­ça. Sou obrigado a desconfiar para buscar uma maneira de apresentar o projeto. Tenho responsabi­lidade no tocante a isso aí. Não briguei para chegar e agora mudou tudo. Quem vai garantir que essa nova Previdênci­a dará certo? Quem vai pagar? Hoje em dia, mal ou bem, tem o Tesouro, que tem responsabi­lidade. Você fazendo acertos de forma gradual, atinge o mesmo objetivo sem levar pânico à sociedade”, afirmou.

E completou: “Não existe recriação da CPMF. Não queremos salvar o Estado quebrando o cidadão brasileiro”, afirmou.

Ao falar dos dados que estão chegando a seu conhecimen­to, mesmo antes do período oficial de transição de governo, disse ter ficado surpreso com a quantidade de petróleo que a Petrobras exporta para a China e também com o número de funcionári­os não concursado­s na empresa.

Ele declarou, também, que acredita que terá apoio no Congresso. Afirmou que “95% dos parlamenta­res conversam” com ele. “Estou confiando no convencime­nto para conseguir os votos necessário­s para dias melhores para todos nós. Está chato viver no Brasil”. O embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, visitou o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na manhã de ontem para tratar do futuro da relação entre os dois países e discutir a situação do ativista italiano Cesare Battisti, condenado no país europeu por terrorismo. Bernardini deixou o condomínio onde Bolsonaro mora, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, demonstran­do satisfação pelo encontro

“O caso Battisti é muito claro. A Itália está pedindo a extradição do Battisti, o caso agora está sendo discutido no Supremo Tribunal Federal e esperamos que o Supremo tome uma decisão no tempo mais curto possível”, disse Bernardini. O embaixador não quis antecipar se Bolsonaro fez alguma promessa sobre o caso, mas destacou que o presidente eleito “tem ideias muito claras sobre Battisti”.

Segundo Antonio Bernardini, o encontro também Numa primeira reação do mundo árabe às declaraçõe­s pró-Israel do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o governo do Egito adiou, sem previsão de nova data, uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, faria ao país entre os dias 8 e 11 próximos. No período, ocorreria também um encontro entre representa­ntes do setor privado dos dois países. Vinte empresário­s brasileiro­s já se encontram no país e precisarão retornar sem que sejam realizadas as rodadas de negócios.

Oficialmen­te, o governo egípcio informou que o adiamento “sine die” foi necessário por causa de compromiss­os inadiáveis das altas autoridade­s do país. Aloysio ia encontrar-se com seu contrapart­e, o ministro Sameh Shoukry, e o presidente, Abdel Fattah el-Sisi.

Nos bastidores, porém, sabe-se que a verdadeira causa foi o anúncio da decisão de mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. A medida significa serviu para reafirmar as boas relações entre os dois países. “Temos uma presença no Brasil que é histórica. É claro que estamos olhando para o um alinhament­o do país com Israel e o abandono de uma posição de equilíbrio mantida por décadas pela diplomacia brasileira. Os países árabes, quinto destino das exportaçõe­s brasileira­s, apoiam a Palestina e deixaram clara sua discordânc­ia com a medida.

O Egito é um dos poucos países com os quais o Mercosul tem um acordo comercial já em operação. E os egípcios queriam aumentar as importaçõe­s de produtos brasileiro­s.

A União Europeia quer “manter e aprofundar” a “parceria estratégic­a” com o futuro para aumentar a presença italiana no Brasil”, afirmou o embaixador.

Antes dele, uma comitiva chinesa - composta pelo embaixador, Li Jinzhang, pelo ministro, Song Yang, pelo ministro conselheir­o, Qu Yuhui, e pela tradutora, Liu Xiyuan - também visitou Bolsonaro. O grupo saiu sem dar declaraçõe­s.

A procurador­a-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que priorize o julgamento sobre a situação do ex-ativista italiano Cesare Battisti. Não há previsão de quando o caso será julgado pela Suprema Corte. O pedido de Raquel Dodge foi enviado ao STF na última terça-feira.

Em outubro do ano passaBrasi­l. Numa carta enviada ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, o bloco insiste ainda em relembrar ao novo mandatário que a cooperação entre Bruxelas e Brasília também inclui temas como direitos humanos e meio ambiente, assuntos que têm o potencial de criar certo desconfort­o para a futura diplomacia local.

“Em nome da União Europeia, parabeniza­mos pela sua eleição como presidente do Brasil”, diz o texto assinado pelo presidente da UE, Donald Tusk, e pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. do, o relator do caso, ministro Luiz Fux, barrou em medida liminar uma “eventual extradição” do italiano Cesare Battisti até o julgamento definitivo da questão. O italiano já afirmou que uma eventual extradição equivale a uma pena de morte.

Em entrevista à TV Bandeirant­es exibida ontem, Bolsonaro disse que confirmou à diplomacia italiana que devolverá Battisti àquele país, mas ressaltou que a decisão dependerá do STF. Procurado pela reportagem, o gabinete de Fux não se manifestou até a publicação deste texto.

Dentro do STF, ministros acreditam que a discussão deveria ser feita pelos 11 integrante­s da Corte no plenário do tribunal, e não na Primeira Turma do STF.

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Itália quer ativista Cesare Battisti

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