Bolsonaro encontra Temer e define pasta da Agricultura
No segundo dia cumprindo agenda em Brasília, quando encontrou-se com Michel Temer (MDB) e formalizou o governo de transição, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) como ministra da Agricultura em seu governo primeira mulher que assumirá uma pasta na Esplanada.
Além do encontro com Temer, Bolsonaro também teve reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli (leia na página 25).
A confirmação do nome de Tereza Cristina ocorreu através do Twitter e minutos depois de a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ter informado que ela foi indicada pela entidade ao cargo. A deputada do DEM é atual presidente da FPA e manifestou apoio a Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
Diante de pressão da bancada ruralista no Congresso, Bolsonaro aceitou a indicação da deputada. Bolsonaro ainda prometeu deixar nas mãos do setor a palavra final sobre o nome que chefiará a pasta do Meio Ambiente, que continuará separada.
O general reformado Augusto Heleno Ribeiro, indicado para a chefia do Gabinete de Segurança Institucional, admitiu que o critério político pesou na escolha da deputada. “É lógico que foi considerada a competência dela e o lado político.”
A escolha da primeira mulher para o ministério de Bolsonaro foi costurada pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que conseguiu derrubar uma indicação pessoal do presidente eleito. Prevaleceu a força da FPA e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) em detrimento de pequenas entidades que deram sustentação à campanha de Bolsonaro.
Até a véspera, o presidente eleito ainda avaliava a possibilidade de nomear o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan, seu braço direito na setor durante a pré-campanha e a campanha.