Correio da Bahia

Ambiente mais leve

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Yago quer voltar a vestir a camisa de titular do Vitória e promete não poupar energia para conquistar a confiança do novo treinador João Burse. O meia disputa posição com o atacante Erick e um dos dois vai ser escalado no trio ofensivo no Ba-Vi de domingo, às 16h, no Barradão.

“A vontade e a dedicação são enormes. Nesses últimos jogos, fiquei fora e tenho essa vontade de entrar em campo”, avisa Yago. “É uma disputa boa. Sempre falo que acho que tem que pensar no grupo, no que for melhor para o time. Tenho certeza que, no pouco tempo que tem, ele (João Burse) vai encaixar um bom time”, diz o jogador.

Yago já teve duas oportunida­des com João Burse, em agosto, quando o treinador assumiu o time interiname­nte entre a saída de Vagner Mancini e a contrataçã­o de Paulo Cézar Carpegiani, demitido na terça-feira.

Ele foi titular no empate por 1x1 com o Cruzeiro e na goleada por 4x0 sofrida contra o Grêmio. Reserva na ocasião, Erick entrou no decorrer das duas partidas. Nos dois primeiros coletivos da semana, o novo treinador testou os dois no time titular. Yago ganhou a vaga na quarta e Erick ontem. A troca foi a única feita no time esboçado para o Ba-Vi. O escolhido jogará aberto pela esquerda.

“João é dessa escola de novos treinadore­s, com um jogo bastante ofensivo. Quer a bola, quer jogar, propor o jogo, com intensidad­e alta”, pontua Yago. “Ele tem passado isso pra gente. Tanto que tem resgatado a confiança de atletas que não vinham atuando, caso de Fillipe Soutto, André Lima, Lucas, a galera que vem esperando oportunida­de para ajudar. Nos dois jogos que ele ficou no comando, foi pouco, mas deu para entender a filosofia”.

O meia também disse que a troca de comando deixou o ambiente na Toca mais leve. “O ambiente muda. Essa mudança tem resgatado o astral da galera, a confiança. Então, acho que isso conta bastante. Foi uma mudança de ambiente, de comando, cada um tem seu perfil. João (Burse) dá essa liberdade para que a gente comente, fale, para todos chegarem em um consenso, resolver e sair da melhor forma possível. Até porque não tem muito tempo para treinament­o, tem que ser na base da conversa”.

Sem prestígio com Carpegiani, Yago perdeu espaço e tenta voltar a figurar entre as principais peças do elenco. Com o ex-técnico, jogou nove partidas, sendo sete como titular. O meia não começa um jogo há mais de um mês. O último foi no dia 5 de outubro, quando o Leão perdeu para o Santos por 1x0, no Barradão, na 28ª rodada. Na ocasião, foi sacado no intervalo e só voltou a entrar em campo no decorrer do empate com o Paraná, no último domingo.

Com Erick ocorreu o inverso. Ele se firmou na equipe após a chegada de Carpé. Assim como Yago, foi mandado a campo pelo ex-técnico nove vezes, mas todas como titular. Marcou um gol, o que garantiu o triunfo por 1x0 contra o Vasco, na 24ª rodada.

Quem for escolhido por João Burse vestirá a camisa de titular do Vitória pela segunda vez em um Ba-Vi. Yago começou em campo no primeiro clássico da temporada, e escreveu o nome em um capítulo marcado por pancadaria. Ele se envolveu na briga generaliza­da do dia 18 de fevereiro, pelo Campeonato Baiano, e suspenso, não disputou os dois Ba-Vis da final do estadual. De fora de campo, viu o Bahia ser campeão.

Erick também não tem boas recordaçõe­s de seu primeiro Ba-Vi. Ele estreava pelo Vitória justamente no clássico do primeiro turno do Brasileirã­o e amargou a goleada por 4x1, na Fonte Nova. Naquele 22 de julho, Yago deixou o banco de reservas, mas não conseguiu mudar a história do jogo.

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Yago, com a bola, elogia a chegada de Burse como técnico do rubro-negro

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