Correio da Bahia

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- Gabriel Rodrigues

Em momentos delicados, é preciso manter a calma e pensar bem antes de dar o próximo passo. Assim tem sido a vida de João Burse no Vitória. Escolhido para substituir Paulo Cézar Carpegiani na missão de manter o Vitória na Série A, o ex-técnico da equipe sub-23 comemorou a chance de voltar ao comando do time principal rubro-negro e afirmou que vive o melhor momento da carreira.

“Seria muito fácil para mim recuar da decisão, estava vivendo um bom momento no sub-23, mas apesar de jovem, sou um treinador que não foge dos desafios. Conheço esse grupo, já estive no comando por dois jogos. Sei da capacidade e o quanto eles estão incomodado­s com essa situação. Eu estou à disposição do clube e focado 24 horas para tirar o time dessa situação”, disse o treinador, na primeira entrevista após assumir o cargo no time principal.

Os dois jogos citados por ele acontecera­m entre a demissão de Vagner Mancini e a contrataçã­o de Carpegiani, quando Burse treinou o Vitória interiname­nte no empate por 1x1 com o Cruzeiro e na derrota por 4x0 para o Grêmio, ambos em agosto.

O primeiro objetivo de Burse neste novo ciclo não deve ser nada fácil: vencer o Bahia no clássico de amanhã, às 16h, no Barradão. Para isso, o Leão vai ter que quebrar um tabu, já que não ganha do rival há nove jogos.

Por isso, João Burse já tem em mente o que espera da equipe em campo, e a orientação é atacar. “Não temos outro caminho senão esse. É a nossa responsabi­lidade nos jogos que faltam, começando pelo Ba-Vi. Os atletas estão focados, concentrad­os, treinando em alta. Isso é importante. Todos estão se ajudando e se motivando. Sempre jogo para vencer. Estou colocando essa ideia para eles, para que possam, juntos, ir em busca da vitória. Esse é o primeiro passo para a nossa retomada”, explicou.

“Coloco para eles a organizaçã­o como penso, como vamos marcar, seja linha alta ou baixa, como vamos jogar. Como vamos construir a organizaçã­o defensiva, ofensiva, todas as situações que penso. Algumas coisas parecidas com o que faziam e outras em que acredito. É preciso que todos saibam como vamos nos comportar no campo. Se a bola estiver em determinad­o setor, como vamos nos comportar. Em mais dois treinos, vamos fechar essas situações”, continuou João Burse.

Apesar dos testes e mudanças que fez no time durante a semana, o treinador prefere adotar o clima de mistério para não dar possíveis armas ao adversário.

Ontem, João Burse fechou o treino no Barradão e mais uma vez esboçou o time que vai começar a partida. Hoje, o mesmo se repetirá quando o Vitória faz o último treino antes de entrar em campo.

A principal dúvida do treinador está entre Erick ou Yago na equipe titular. “Ainda, não temos nada definido. Tudo que eu passar aqui vai dar armas para o adversário. Aposto no grupo, que é um grupo de guerreiros, trabalhado­res, que estão incomodado­s demais com essa situação, querem sair e estão se esforçando para isso”, afirmou o comandante.

Se ele não inovar em relação ao que treinou nos dias em que a imprensa teve acesso às atividades, a escalação do Vitória terá Ronaldo, Jeferson, Ramon, Lucas Ribeiro e Benítez; Willian Farias, Arouca e Léo Gomes; Lucas Fernandes, Erick (Yago) e Léo Ceará.

Com 34 pontos, o Leão começa a rodada na 17ª colocação, mas pode cair uma posição caso o América-MG empate ou vença o Paraná, hoje, às 16h (horário da Bahia), no estádio Independên­cia.

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Burse quer o time ofensivo no clássico de amanhã, no Barradão

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