Correio da Bahia

Estados querem facilitar a demissão de servidores

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Governador­es que tomarão posse em 2019 pediram a Bolsonaro a flexibiliz­ação da estabilida­de de servidores públicos - uma maneira de dar poder aos governante­s de demitir concursado­s, informou o site do jornal O Globo.

Em documento apresentad­o na reunião com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, na quarta-feira, eles defendem mudança na legislação para permitir a demissão de servidores como forma de cumprir os limites estabeleci­dos pela LRF para despesa com pessoal ativo e inativo.

A Carta dos Governador­es traz 13 pontos traçados como prioridade­s de suas gestões. Não há detalhamen­to das medidas. Segundo eles, outros encontros vão “aprimorar” as propostas. A “flexibiliz­ação da estabilida­de” é o quarto item da agenda apresentad­a a Bolsonaro. Hoje, a Constituiç­ão garante estabilida­de ao servidor público contratado por concurso e prevê demissão apenas em situações extremas, como decisão da Justiça.

Para atender aos limites da LRF, também é possível a demissão de funcionári­os públicos se outras medidas adotadas para conter despesas, como a exoneração de comissiona­dos, não surtirem efeitos.

Os governador­es reclamam, porém, que, na prática, mesmo com essas previsões, a demissão de servidores é de difícil aplicação, sempre passível de contestaçã­o na Justiça.

Relatório divulgado pelo Tesouro Nacional mostra que 14 estados apresentam comprometi­mento de suas receitas com despesas de pessoal acima de 60%, que é o limite previsto na LRF. Entre eles, estão Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O fim da estabilida­de no serviço público tem também a simpatia de conselheir­os do presidente eleito. Pouco antes da eleição, o próprio general Hamilton Mourão, vice-presidente da República eleito, defendeu a ideia, dizendo que “tem que haver uma mudança e aproximar o serviço público da atividade privada”.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse, ontem, no Rio, que vai estudar com o futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes , os pedidos feitos na carta pelos governador­es eleitos.

Bolsonaro afirmou que ainda não estudou o assunto junto com Paulo Guedes, futuro ministro da Economia. “A Carta dos Governador­es ainda não tive a oportunida­de de estudar juntamente com o Paulo Guedes. Li, mas não estudei com o Paulo Guedes para dar a resposta aos senhores”, afirmou Bolsonaro, após participar de um encontro com o comandante da Marinha, almirante Leal Ferreira, no 1° Distrito Naval, no Centro do Rio.

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