Sessenta e três são presos em todo o país
A operação que visou coibir a exploração sexual infantil na internet prendeu 63 pessoas, segundo balanço divulgado pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. As ações continuam hoje, e mais pessoas podem ser detidas.
“Queremos deixar claro aquilo que já disse anteriormente: não existe anonimato em rede social, não existe impunidade em rede social e a Polícia Federal tem condições de chegar a quem cometer esses crimes”, disse o ministro durante coletiva de imprensa.
Ainda segundo ele, a operação busca não apenas aqueles que produzem esse tipo de conteúdo, mas também quem compartilha e quem guarda os arquivos no computador. A pena prevista para os crimes varia de 2 a 8 anos de prisão. Jungmann disse que os mandados de busca e apreensão foram expedidos após análise de 500 mil arquivos.
Essa é a terceira fase da Operação Luz na Infância, deflagrada ontem em 18 estados e no Distrito Federal. Em Salvador, a ação iniciou às 5h30. Ao todo, 300 policiais federais e 725 policiais civis participaram das ações.
Pela primeira vez, a operação contou com apoio internacional dos Estados Unidos e da Argentina. “Esse é um crime asqueroso, porque ele macula e profana a nossa juventude e as nossas crianças. Evidentemente, isso as compromete e compromete também o nosso futuro”, disse Jungmann.
Do lado argentino, participou o Corpo de Investigações Judiciais (CIJ) do Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires. O CIJ cumpriu simultaneamente no país vizinho 41 mandados de busca.
“Os alvos internacionais foram identificados após atuação conjunta entre a Diretoria de Inteligência da Senasp e autoridades policiais da Argentina. As ações simultâneas realizadas no Brasil e na Argentina mobilizam um efetivo aproximado de mil policiais”, diz a nota.
A Operação Luz na Infância teve início em outubro de 2017, quando foram cumpridos 157 mandados e 112 abusadores foram presos. Na segunda fase, ocorrida em maio de 2018, 579 mandados de busca foram cumpridos e 251 pessoas foram presas.