Nova república
mundo, em torno da boa gastronomia.
A escritora Aninha Franco adquiriu o velho casarão no final dos anos 1990 com o dinheiro ganho com as bilheterias dos espetáculos Os Cafajestes e Oficina Condensada. Este último, protagonizado por Rita Assemany, deve voltar a cartaz no espaço, assim como outros do repertório da dupla que planeja revisitá-los na República.
Além desses, a Sala Ita abrirá para outras produções artísticas. O ator Carlos Betão já reservou pauta. “Essa é uma casa de encontros, de celebrar a vida, a arte, porque sem arte é impossível sobreviver”, diz Rita.
Desde que pôs os pés na casa do Pelourinho, Aninha Franco começou a desenhar o projeto que estava na sua cabeça há quase 40 anos: ter um espaço onde pudesse fazer poesia, comer, beber e pensar. Ali, na sala que elegeu como seu estúdio, ou melhor, seu laboratório de ideias, saíram projetos e textos que alimentaram a rica programação do extinto Theatro XVIII, que ela e Rita Assemany comandaram durante 11 anos, e o transformaram no mais pulsante e revolucionário da cidade.
Atuante nas redes sociais, a escritora passou a divulgar os encontros, as visitas, ilustres ou não, que aconteciam na casa histórica rodeada de livros, discos de vinil, CDs, programas de teatro e shows, prêmios, cartazes de espetáculos, jornais, revistas, arte popular e tudo o que remete à cultura e à arte.
Hoje, somente o acervo de livros reúne mais de 14 mil títulos, englobando todas as áreas do conhecimento. De economia a política, de artes visuais a cinema, de teatro a poesia, de romances a gastronomia, de filosofia a história. “Todo o pensamento está aqui. E hoje, à disposição de pesquisadores, de pessoas interessadas em consumir conhecimento, cultura e arte”, diz.
O acervo, construído ao longo de uma vida, não para