Intervenção no Rio não deverá ser prorrogada
A intervenção federal no Rio de Janeiro não deve ser prorrogada, afirmou ontem o presidente eleito Jair Bolsonaro. “Eu assumindo, não a prorrogarei”, enfatizou.
Bolsonaro disse que só permitirá que forças federais continuem a atuar na segurança pública se houver garantias que dificultem que esses agentes sejam processados por mortes em ação.
Conforme o decreto em vigor, a intervenção federal na segurança do Rio deverá acabar em dezembro. Uma eventual prorrogação dependeria de novo decreto.
“Eu quero uma retaguarda jurídica para as pessoas que fazem a segurança no Brasil. Não posso admitir que os integrantes das Forças Armadas, da PF, depois do cumprimento da missão, respondam a processo”, disse.
“O que é a retaguarda jurídica? É a certeza que o homem que tem arma à sua disposição, caso seja obrigado a utilizá-la no final da missão, tenha a tranquilidade que não será submetido a uma auditoria ou júri”, acrescentou.
Opositores do presidente eleito, no entanto, afirmam que a ‘retaguarda jurídica’ que ele deseja corresponderia a uma ‘licença para a polícia matar impunemente’.
O presidente eleito também destacou mais uma vez que a segurança será o assunto mais caro ao seu governo. “A segurança indo bem, o Brasil vai bem nos demais setores: economia, turismo, entre outros. E o que nós temos que fazer é uma legislação que iniba realmente as pessoas de cometer crime”, acrescentou.
Ontem, Bolsonaro também comentou sobre a reforma da Previdência. Em evento em Cachoeira Paulista (SP), ele demonstrou contrariedade com a reforma apresentada pelo presidente Michel Temer. Ao dar entrevista a jornalistas, Bolsonaro disse que é preciso “tomar cuidado” com a medida apresentada pelo presidente Michel Temer. “Ela não está justa, no meu entender. Não podemos querer salvar o Brasil matando o idoso”. Ele, não quis detalhar qual proposta apresentará, mas disse querer a reforma no primeiro ano do mandato.