Correio da Bahia

Festejos atraem mais turistas

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Com a vinda de 3,7 milhões de turistas para Salvador entre dezembro e março, a ocupação dos hotéis da capital baiana irá bater os 93% de ocupação média durante os quatro meses. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA). Para o diretor de marketing da entidade, Luciano Lopes, o calendário de festas populares é “muito importante”, principalm­ente por estender a estada das pessoas na cidade.

“Geralmente, aumenta a estada deles entre dois e três dias aqui na capital. Isso é ótimo, porque influencia em toda uma rede de segmentos. Além da demanda adicional do Verão, as festas acabam mantendo as pessoas mais tempo aqui”, diz.

O impacto maior ocorre nos dias de semana - quando a ocupação costuma ser menor. “No Bonfim, por exemplo, que cai em uma quinta-feira, os turistas começam a chegar na quarta-feira, estendendo essa estada”, pontuou.

O Carnaval deve alcançar entre 95% a 100% de ocupação hoteleira e o Réveillon deve fechar em 100%, com todos os hotéis ocupados em Salvador. “Já em fevereiro, teremos a ocupação média de 81%. A demanda dos hotéis costuma ser da própria Bahia, do interior do estado, mas também uma demanda muito forte de Minas Gerais, Brasília e do Nordeste. Fora do Brasil são mais os argentinos e chilenos”, explicou.

A Associação Brasileira de Agências de Viagens na Bahia (Abav-BA) explicou que as festas tradiciona­is já são grandes conhecidas do calendário das operadoras nacionais - sendo vendidas como destino. As festas de maior destaque são Carnaval, Navegantes, Lavagem do Bonfim e Iemanjá. “As demais festas têm uma divulgação local com as entidades e órgãos do nosso segmento e o dos hotéis para os seus hóspedes”, disse.

Quem também comemora a chegada das festas populares são os ambulantes de Salvador. De acordo com o presidente do sindicato de Feirantes e Ambulantes (Sindifeira), Milton Ávila, o orçamento dos ambulantes “mais do que triplica durante essa época”. “Muitos trabalhado­res só trabalham nessas festas e têm como renda principal essa época. Se trabalhar em todas as festas, eles conseguem um orçamento de R$ 6 mil a R$ 15 mil”, contou Ávila. O credenciam­ento já está aberto para a Conceição da Praia e Santa Luzia (veja ao lado).

Para os bares e restaurant­es, o cresciment­o no movimento é parcial. “Costuma melhorar nos dias anteriores às festas. Os baianos gostam de antecipar essa comemoraçã­o nos bares e restaurant­es formais e acabam migrando para os ambulantes nos dias das festas. Quem acaba se benefician­do de alguma forma são os bares e restaurant­es ligados ao lazer - e não ao negócio”, contou o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurant­es (Abrasel-BA), Luiz Henrique do Amaral.

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