Correio da Bahia

Revolta em enterro de taxista morto por bala perdida

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FOGO CRUZADO Baleado durante uma troca de tiros entre policiais militares e bandidos no Complexo do Nordeste de Amaralina, em 8 de janeiro, o taxista Osmário Rodrigues da Silva, 67 anos, foi enterrado ontem, no Cemitério Campo Santo, na Federação, sob clima de indignação de parentes, amigos e colegas de profissão.

“É uma dor muito grande para nós. Minutos antes estava com ele num ponto de táxi. Depois, soube que ele e outro colega tinham sido baleados. Ficamos sem acreditar. E agora, quem será o próximo? A gente sai para trabalhar e não sabe se volta”, comentou o também taxista Jorge Arceli, 50, morador do Nordeste de Amaralina e amigo de Osmário, durante

o sepultamen­to.

Após ser atingido por uma bala perdida, Osmário passou 30 dias internado no Hospital Geral do Estado (HGE), e acabou não resistindo ao ferimento. Na ocasião em que ele foi baleado, outro taxista também foi ferido com um tiro. Marco Antônio Rodrigues da Silva, 55, foi atingido na coxa direita, mas já recebeu alta.

O presidente da Associação Geral dos Taxistas (AGT), Ademilton Paim, aproveitou o enterro do colega para criticar a falta de segurança para a categoria. “A segurança está péssima. Em 2018, foram 22 reuniões com a cúpula da SSP e só promessas. Nada foi feito até agora”, reclamou.

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EVANDRO VEIGA Amigos, familiares e colegas de profissão em enterro de taxista

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