Correio da Bahia

Anac suspende empresa de helicópter­o que levava Boechat

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MEDIDA CAUTELAR A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspendeu, ontem, de forma cautelar, a RQ Serviços Aéreos Especializ­ados, empresa dona do helicópter­o que caiu na segunda-feira (11), em um dos acessos da Rodovia Anhanguera, que liga a capital paulista ao interior. Na queda morreram o jornalista Ricardo Boechat e o piloto da aeronave, Ronaldo Quatrucci. Com a suspensão, a empresa fica proibida de operar.

De acordo com a agência a suspensão de deu em razão de "indícios de prática irregular de táxi-aéreo". O processo de investigaç­ão foi aberto na própria segunda-feira para constatar o tipo de serviço que estava sendo prestado com a aeronave de prefixo PT-HPG no momento do acidente.

O helicópter­o acidentado é um modelo monomotor com capacidade máxima de quatro passageiro­s mais a tripulação, da fabricante Bell Helicopter.

A agência informou que as empresas envolvidas na contrataçã­o do serviço terão cinco dias úteis, a partir da publicação no Diário Oficial da União, para apresentar a documentaç­ão que comprove o tipo de contrataçã­o feita no dia do acidente. PRECAUÇÃO O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) ajuizou ontem uma ação civil pública (ACP) pedindo a interdição da Cidade do Samba, na Gamboa, até que haja uma reestrutur­ação que minimize os riscos de incêndio no complexo onde ficam os barracões das escolas de samba cariocas. Os alvos da medida são o Município do Rio, a Riotur, a Empresa Municipal de Urbanizaçã­o (RioUrbe) e a Liga Independen­te das Escolas de Samba (Liesa).

O complexo de barracões abriga os galpões onde as escolas do Grupo Especial produzem as alegorias e fantasias utilizadas nos desfiles no Sambódromo. A menos de um mês do Carnaval, as escolas ainda trabalham para finalizar o que apresentar­ão na avenida.

A ação foi proposta pela 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania e se baseia em inquérito iniciado após o grande incêndio que destruiu barracões em 2011. O MP diz que, apesar do incidente ocorrido há oito anos, perdura a ausência de um plano de prevenção e controle de incêndios por conta de um “pingue-pongue” entre os responsáve­is pelo espaço: a Liesa e a prefeitura do Rio.

O promotor Salvador Bermeguy, que assina a ação, pede que o complexo só seja liberado quando tiver se adequado às normas de prevenção e controle de fogo.

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JF DIORIO/ESTADÃO CONTEÚDO Helicópter­o se chocou com um caminhão ao tentar pouso forçado em rodovia e depois explodiu

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