Correio da Bahia

Reforma vai gerar economia de R$ 13 bi

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MILITARES O presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou ontem que a reforma da Previdênci­a dos militares deve gerar economia de R$ 13 bilhões aos cofres públicos em 10 anos. Ele não deu detalhes sobre os custos iniciais que serão gerados com a reestrutur­ação da carreira. “Será superavitá­rio em dez anos”, disse. “O saldo é de R$ 13 bilhões positivos para a União”, acrescento­u Mourão.

Segundo Mourão, a proposta está pronta, mas ainda depende do aval do presidente Jair Bolsonaro. O texto será apresentad­o ao presidente hoje, pela manhã, no Palácio do Alvorada, após ele retornar de viagem aos Estados Unidos.

“Já está tudo ajustado, vai apresentar para o presidente amanhã (hoje) para o presidente fechar esse pacote. Não tem nada que tenha que definir por parte do Ministério da Defesa, só a decisão presidenci­al agora”, disse Mourão. Para o presidente em exercício, a contribuiç­ão dos militares deve ter aumento progressiv­o para evitar a redução imediata de salários da categoria.

Mourão destacou que, com a proposta dos militares, haverá aumento da alíquota de 7,5% para 10,5% ao longo dos próximos dois anos. Somando com os 3,5% do plano de saúde, valor que já é adotado, concluiu que a contribuiç­ão vai aumentar para 14% ao longo dos próximos dois anos.

Ainda não foi acertado se o presidente Bolsonaro levará pessoalmen­te o texto ao Congresso, nem se a proposta será apresentad­a ao Legislativ­o no período da tarde.

De acordo com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, não é possível garantir que a proposta será entregue ao Congresso no período da tarde. “Um passo de cada vez, estamos fazendo os ajustes finais. A proposta será apresentad­a ao presidente amanhã pela manhã”, disse.

Já o secretário especial de Previdênci­a e Trabalho, Rogério Marinho, garantiu ontem que a proposta de reforma da Previdênci­a dos militares vai resultar em economia para os cofres públicos “ao longo e ao fim” do período de 10 anos. Segundo ele, algumas opções serão apresentad­as hoje para o presidente Jair Bolsonaro bater o martelo sobre a versão final a ser entregue ao Congresso Nacional.

“Prefiro não falar de número, mas as alternativ­as todas contemplam superávit para o Tesouro”, afirmou Marinho após reunião com a bancada do MDB na Câmara.

Marinho indicou que os gastos com a reestrutur­ação da carreira serão menores que a economia trazida pela mudança nas regras de aposentado­ria. “Teremos superávit. O que está sendo feito de reestrutur­ação e o que está sendo colocado de modificaçã­o no regime de assistênci­a (aposentado­ria) serão favoráveis ao Tesouro Nacional”, disse o secretário. “O que nos interessa no final é o resultado ao longo dos 10 anos”, afirmou. INVESTIGAÇ­ÃO O ex-governador do Paraná Beto Richa foi preso, pela terceira vez, na manhã de ontem. A ação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná. De acordo com a assessoria do MP, no âmbito da Operação Quadro Negro, foram presos também Ezequias Moreira e Jorge Atherino. A operação apura desvios de recursos destinados à construção de escolas no Paraná.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência dos três investigad­os e em duas casas de veraneio do ex-governador, localizada­s em Matinhos (PR) e em Porto Belo (SC).

Iniciada em agosto de 2015, a Operação Quadro Negro investiga casos de corrupção ativa, peculato e desvios de verbas ocorridos no âmbito da Secretaria Educação, especifica­mente por meio da Superinten­dência de Desenvolvi­mento Educaciona­l, entre os anos de 2012 e 2015.

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ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL Segundo Mourão, a proposta ainda depende do aval de Bolsonaro

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