Correio da Bahia

SALVADOR ESTÁ ENTRE AS OITO CAPITAIS COM MAIOR FROTA DO PAÍS, SEGUNDO O DENATRAN

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e outros modais (confira na página ao lado).

Desde julho, Salvador entrou para a lista das oito capitais onde a frota de veículos supera o número de 1 milhão. A mais motorizada é São Paulo, que atingiu a impression­ante marca de 8 milhões. Ela é seguida pelo Rio de Janeiro (2,8 milhões), Belo Horizonte (2,1 mi), Brasília (1,8 mi), Curitiba (1,5 mi), Fortaleza (1,1 mi) e Goiânia (1,1 mi). Esses dados são do Departamen­to Nacional de Trânsito (Denatran) e são referentes a junho deste ano.

Para os especialis­tas, o cresciment­o no número de carros e motos é uma tendência nas capitais brasileira­s por conta de deficiênci­as do transporte público, da inseguranç­a e das facilidade­s de compra de novos veículos. As consequênc­ias são congestion­amentos cada vez maiores e falta de vagas de estacionam­ento.

PACIÊNCIA

Especialis­ta em educação, legislação, inteligênc­ia emocional no trânsito e segurança viária, Rodrigo Carvalho acredita que existe uma supervalor­ização da máquina estimulada pelas mídias e que motiva as pessoas a comprarem. As razões são maior conforto, mobilidade e reconhecim­ento social, o que leva os indivíduos a incluírem o carro ou a motociclet­a entre as suas necessidad­es.

“Esse cresciment­o no número de veículos já era esperado porque, atualmente, o índice de violência tem crescido muito na cidade, principalm­ente, em assalto a coletivo e transeunte­s. Apesar das melhorias no transporte público, como o metrô, novos modais e a integração, as pessoas ainda se sentem inseguras e isso faz com que elas procurem o veículo individual de transporte”, disse.

Autor do livro Educação Emocional no Trânsito, Rodrigo acredita que uma solução é realizar campanhas que estimulem a maior atenção na formação dos condutores no Brasil. Segundo o especialis­ta, a matemática é simples: mais carros geram mais congestion­amentos e mais estresse. O resultado é menos paciência e aumento da violência no trânsito.

“A gente precisa começar a desenvolve­r a tolerância, a empatia de se colocar no lugar do outro. São habilidade­s emocionais fundamenta­is para condutores de grandes cidades. Se continuarm­os nesse ritmo de falta de respeito e banalizaçã­o da violência, vamos transforma­r um problema que já incomoda, os congestion­amentos, em algo muito pior, com violência, inseguranç­a, medo e ansiedade. Precisamos começar a prevenir isso e discu

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