Rodízio não faz parte dos planos da cidade
Em São Paulo, capital que tem 8 milhões de veículos, a prefeitura criou um sistema de rodízio para tentar reduzir os congestionamentos que a cada ano ficam maiores. Em Salvador, o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, defende que essa é uma medida paliativa.
“Não acredito que o rodízio seja a solução. Ele resolve em um primeiro momento, mas incentiva a compra de um segundo carro, como já acontece com outras cidades. É preciso restringir o uso do veículo individual, mas antes do pedágio urbano, por exemplo, é necessária uma mudança comportamental. As melhorias no transporte público que estão sendo feitas pela prefeitura e os novos modais são alternativas”, afirmou.
Fabrizzio contou que as equipes de campo e a engenharia de trânsito da Transalvador estão estudando intervenções viárias na cidade e citou como exemplos de obras bem-sucedidas a do Largo do Luso, em Plataforma, e a avenida Mãe Stella de Oxóssi, na Avenida Paralela, que acabaram com os engarrafamentos nessas regiões.
“Na Avenida Edgard Santos (Narandiba), estamos ampliando a via. Já o BRT vai oferecer uma grande melhoria para o transporte público de massa. É um sistema que está em uso em 170 cidades, 13 delas nos EUA, e atendem 33 milhões de pessoas”, disse.
Na primeira fase do BRT (Parque da Cidade à região do Iguatemi), as vigas que darão suporte aos viadutos dos corredores exclusivos estão sendo erguidas. A prefeitura também lançou a licitação para a segunda fase da obra, entre a Estação da Lapa e o Parque da Cidade.
O superintendente destacou ainda a nova frota de ônibus com ar-condicionado de Salvador como um exemplo de melhorias em transporte público, mas frisou que os congestionamentos são uma realidade das grandes cidades. “Apesar de todos os esforços, não podemos esquecer que a mobilidade é móvel. Hoje, fazemos uma intervenção e não termos mais problema em uma área, mas amanhã podemos ter. É um problema das grandes cidades”.