Correio da Bahia

Operação contra PCC prende 12 na Bahia

Prisões ocorreram em três municípios do estado

- Bruno Wendel e agências REPORTAGEM bruno.cardoso@redebahia.com.br

Uma operação conjunta de nove Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaecos) de ministério­s públicos estaduais efetuou, ontem, 90 prisões em vários estados do país. Na Bahia, foram detidas 12 pessoas, sendo duas em Lauro de Freitas, nove em Capim Grosso e uma em Jacobina. Entre os alvos, estão integrante­s de organizaçã­o criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que atua com tráfico de drogas e é responsáve­l por diversos homicídios no estado.

A operação - batizada de “Capinagem” - cumpriu 19 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão na Bahia. A ação ocorreu também nos municípios de Senhor do Bonfim, Juazeiro e Serrolândi­a. O CORREIO teve acesso aos nomes de seis possíveis presos, entre eles uma mulher. No entanto, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) informou que os nomes não serão divulgados para não prejudicar as investigaç­ões.

Onze promotores de Justiça, 74 policiais militares e 99 policiais rodoviário­s federais participar­am da operação no estado, que contou ainda com helicópter­os da Base de Operações Aéreas e cães farejadore­s do Grupo de Operações com Cães. A ação nacional é articulada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizaçõ­es Criminosas (GNCOC) - colegiado que reúne os Gaecos de todos os estados brasileiro­s.

A maioria das prisões na Bahia aconteceu na cidade de Capim Grosso, região centro norte do estado. Segundo moradores da região, alguns dos presos são jovens que buscaram emprego em São Paulo. “Foram na ilusão de uma vida melhor, mas, por alguma razão, se envolveram com a criminalid­ade e depois retornaram para cá com os maus costumes, trazendo suas raízes do crime para ramificar entre os mais jovens”, disse um morador, que preferiu não se identifica­r.

Segundo o juiz Waldir Viana Ribeiro Júnior, da Vara do Júri de Camaçari, a “situação existe. Algumas pessoas são cooptadas quando vão para trabalhar como retirante, sem qualificaç­ão profission­al. Em São Paulo, acabam morando em periferias e pos

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