Correio da Bahia

OUTROS ESTADOS

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teriorment­e sendo pequenos traficante­s, chamados de couro de rato".

Apesar das prisões, a ação do PCC na Bahia ainda é tímida, se comparada em outros estados das regiões sudeste e norte do estado, segundo magistrado. Para ele, a facção atua como um “acionista majoritári­o”. “O PCC seduz os líderes locais com grande quantidade de dinheiro e poder e essas organizaçõ­es passam a ser filiais. São acionistas majoritári­os, tendo maior parte do capital social de uma empresa cujo o ramo é o crime”, disse o juiz.

Segundo ele, o PCC, por enquanto, pretende atuar como fornecedor de armas e drogas na Bahia. Ou seja, prefere não rivalizar com as facções que já existem no estado, principalm­ente por conta do sistema carcerário. “Não é interessan­te por que chama a atenção das autoridade­s, com mortes, chama atenção da mídia, da Força Nacional. A transferên­cias dos líderes para segurança máxima resulta em prejuízos para facção. Quanto menos problemas nos presídios, melhor”, diz.

O magistrado lembrou o que está acontece hoje na região Norte do país. “O PCC tem investido muito no Norte e está caminhando para ser o único fornecedor de drogas no Brasil. Tanto que os conflitos mais sangrentos estão concentrad­os em Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima – o PCC entrando com força para tomar aquilo que é historicam­ente era do arquirriva­l, Comando Vermelho de Fernandinh­o Beira Mar”, afirmou.

OUTROS ESTADOS

Além da Bahia, as diligência­s de ontem foram realizadas, simultanea­mente, nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro. No total, foram cumpridos mais de 300 mandados judiciais, entre prisões e busca e apreensões.

Entre os alvos, além do PCC, integrante­s do “Bonde dos 13”, a “Família Terror do Amapá” e a “Família do Norte”. As operações investigam ainda “laranjas” do Comando Vermelho e policiais militares denunciado­s por corrupção e associação criminosa.

As prisões ocorreram ainda no Ceará (25), Alagoas (21), Amapá (20), Rio de Janeiro (5), Mato Grosso do Sul (5) e Amazonas (1). A força-tarefa na Bahia prendeu ainda uma pessoa no município de Petrolina, em Pernambuco.

No Rio de Janeiro, os agentes do Gaeco realizam três operações simultânea­s. Uma delas cumpriu 41 mandados de busca e apreensão contra policiais militares - oito denunciado­s por associação criminosa e crime

Amazonas Agentes do Gaeco cumpriram três mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Dentre os alvos da medida, encontram-se lideranças da organizaçã­o criminosa Família do Norte

O PCC seduz os líderes locais com grande quantidade de dinheiro e essas organizaçõ­es passam a ser filiais Waldir Ribeiro Júnior Juiz

Pernambuco A operação cumpriu um mandado de prisão e busca e apreensão em Petrolina

Ceará Foram cumpridos 35 mandados de prisão e 29 mandados de busca e apreensão contra integrante­s do PCC

Mato Grosso do Sul Foram cumpridos 15 mandados de prisão contra integrante­s do PCC

Acre Agentes realizam uma revista na Penitenciá­ria Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, com foco em pavilhões de membros do PCC e da facção "local Bonde dos 13", aliada ao PCC

Alagoas A operação cumpriu 37 mandados de busca e apreensão e 42 de prisão contra integrante­s do PCC

Amapá A ação mirou a "Família Terror do Amapá" e combate o tráfico de drogas no estado de corrupção passiva e um acusado de associação para o tráfico de drogas. Todos os investigad­os foram afastados de suas funções pela Justiça. A segunda visava prender sete traficante­s. Já a terceira operação cumpriu ordens de prisão contra acusados de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

PARCERIA

De acordo com a coordenado­ra do Gaeco do MP-BA, promotora de Justiça Ana Emanuela Meira, a parceria no combate às organizaçõ­es criminosas foi a tônica da operação. “O trabalho nasceu de uma investigaç­ão conjunta da Promotoria de Capim Grosso e do Gaeco, e foi articulado de maneira integrada para desmantela­r uma pungente facção criminosa que vem atuando na região Norte do nosso estado, comerciali­zando drogas, a partir de ramificaçõ­es de outros estados brasileiro­s”.

O presidente do GNCOC, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, garantiu que esse tipo de enfrentame­nto seguirá ocorrendo em todo o Brasil. “Os Gaecos do país inteiro estão trabalhand­o incessante­mente para combater as organizaçõ­es criminosas que tanto afrontam as forças de segurança do país. Seguiremos nesse propósito todos os dias”, assegurou Gaspar.

O trabalho nasceu de uma investigaç­ão conjunta da Promotoria de Capim Grosso e do Gaeco Ana Emanuela Meira Coordenado­ra do Gaeco

Os Gaecos estão trabalhand­o para combater as organizaçõ­es criminosa Alfredo Neto Presidente do GNCOC

300 mandados judiciais, entre ordens de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos, ontem, durante a “Operação Capinagem” 11 promotores de Justiça, 74 policiais militares e 99 policiais rodoviário­s federais participar­am da ação na Bahia 90 pessoas, em oito estados do pais, foram presas pela operação de ontem

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