Entenda como funciona a iniciativa
Depois de coletar o lixo, os caminhões seguem para o Parque Socioambiental de Canabrava, onde o material é prensado. De lá, 12 carretas transportam o lixo até o Aterro Metropolitano, no CIA-Aeroporto. Cada uma delas tem capacidade para armazenar até 29 toneladas de resíduos.
Às segundas e terças-feiras são os dias que as carretas fazem mais viagens por conta da produção maior de lixo acumulado por moradores no fim de semana.
Quando chega ao aterro, o lixo é depositado em células de armazenamento. Existem seis em funcionamento e a sétima está em construção. Juntas, elas têm capacidade para acondicionar até 23 m³ de lixo, mas o máximo atingido até o momento foi de 22,5 m³. Cada uma leva, em média, seis meses para ficar completamente cheia.
As estruturas são revestidas com lonas e uma substância rígida para evitar que o material contamine o solo. O chorume é conduzido através de um sistema de tubulações até o Polo Industrial de Camaçari, onde o líquido é tratado e usado na indústria.
BIOGÁS
Já os gases produzidos pelo lixo são retirados por tubulações conectadas a um sistema de drenagem responsável por levar o biogás até a Termoverde. Antes de ser transformado em energia, eles perdem umidade e são retiradas partículas ainda em suspensão.
O biogás utilizado para a produção de energia é uma mistura de metano e gás carbônico, dois vilões do efeito estufa, produzidos durante a decomposição do lixo orgânico no interior do aterro. Desde 2005, o local já mitigou 8 milhões de toneladas CO² equivalentes. O gerente operacional da Termoverde contou que no interior da usina os gases passam por outros processos.
“A usina seca e purifica esses gases. Eles são transformados, primeiro, em força mecânica e, depois, em energia elétrica que será comercializada com empresas do mercado livre, como Coelba, Carrefour e Telemar, por exemplo”, afirmou Danilo Laert.
60 municípios do país utilizam lixões ou aterros controlados para descartar o lixo