Correio da Bahia

Bolsonaro nega querer tomar PSL e exige transparên­cia

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Não quero tomar partido de ninguém, mas transparên­cia faz parte. O dinheiro é público. São R$ 8 milhões por mês Jair Bolsonaro Presidente da República, ao falar à imprensa sobre a crise interna que rachou a legenda

RACHA NO PARTIDO Em meio à briga interna no PSL, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem que não quer “tomar o partido de ninguém”, mas cobrou a divulgação dos gastos da sigla. “Partido tem de fazer a coisa que tem de ser feita, normal. Não tem de esconder nada. Não quero tomar partido de ninguém, mas transparên­cia faz parte. O dinheiro é público. São R$ 8 milhões por mês”, disse o presidente.

Perguntado se deseja a saída do presidente nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PE), Bolsonaro disse que não defende “nada”. Ainda afirmou não ter mágoas sobre ninguém. “Minha resposta é transparên­cia para tudo”, afirmou.

“Então, vamos mostrar as contas. Não ficar, como a gente vê notícias por aí, de ‘expulsa de lá, tira da comissão, vai retaliar’”, destacou o presidente.

No último dia 8, Bolsonaro externou a crise no partido ao pedir a um militante que “esquecesse o PSL” e dizer que Bivar estava “queimado para caramba”. Desde então, a sigla está rachada em grupos pró-Bivar, que ameaça até expulsar dissidente­s, e pró-Bolsonaro, que avalia uma forma de deixar o partido sem abrir mão de mandato e dinheiro do fundo partidário.

“Eu não tenho falado nada do PSL. Zero. Zero. Zero. O tempo todo fofoca, que estou elegendo traidores para lá, para cá. O partido está com a oportunida­de de se unir na transparên­cia”, declarou o presidente. “Devo ao partido, sim, minha eleição. Sei que tinha outros partidos à disposição, mas briga não é essa”, emendou.

Em novo gesto para amenizar a crise interna no PSL, agravada na terça-feira após a operação da Polícia Federal em endereços ligados a Bivar em Recife, Bolsonaro disse na tarde de ontem que “está tudo” certo com partido e que “se Deus quiser a gente vai resolver isso aí”. “O Brasil tá acima do nosso partido. Nosso partido é o Brasil”, disse o presidente.

chefe da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, o procurador da República Deltan Dallagnol. A invasão dos hackers ocorreu especialme­nte por meio do aplicativo Telegram. A Operação Spoofing foi deflagrada no dia 23 de julho, quando quatro suspeitos - entre eles Danilo foram capturados por ordem do juiz Wallisney Oliveira, da 10ª Vara Criminal Federal em Brasília.

O principal suspeito de liderar o grupo é Walter Delgatti Neto, o “Vermelho”.

Em setembro, a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Spoofing e prendeu mais dois investigad­os: Thiago Martins, o "Chiclete", e Luiz Molição.

Em análise do pedido de liminar, o ministro Reynaldo Fonseca ressaltou que, ao manter a prisão preventiva, o juiz de primeira instância

As declaraçõe­s foram feitas após visita ao general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército e assessor especial do Gabinete de Segurança Institucio­nal (GSI). Villas Bôas recebeu alta no último sábado, após melhora no quadro respiratór­io que havia provocado sua internação. O general, de 67 anos, sofre de doença neuromotor­a degenerati­va.

Bolsonaro disse que conversa com Villas Bôas antes de tomar muitas decisões. Bolsonaro voltou a repetir que o PSL deve se unir pela "transparên­cia". "Não falo sobre PSL para evitar pingue-pongue. Se Deus quiser a gente vai resolver isso aí”, disse o presidente.

apontou que o estudante seria encarregad­o de obter contas bancárias de terceiros para que outro investigad­o pudesse depositar recursos resultante­s de fraudes.

Para o magistrado, a gravidade dos ataques cibernétic­os à intimidade de autoridade­s - além da complexa estrutura de fraudes bancárias - justificar­ia o encarceram­ento provisório para manter a ordem pública.

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