Correio da Bahia

MPF denuncia grupo por fraudar Fies e vender vagas

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ESTELIONAT­O O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 32 integrante­s da organizaçã­o criminosa responsáve­l pela venda de vagas no curso de medicina da Universida­de Brasil, em Fernandópo­lis, interior paulista, e por fraudar o Fundo de Financiame­nto Estudantil.

Dos denunciado­s, 20 também são acusados de estelionat­o contra a União e inserção de dados falsos em sistema de informaçõe­s da administra­ção pública, com o fim de obter vantagem indevida.

O MPF ajuizou ainda duas denúncias contra parte do grupo pelos crimes de falsidade ideológica e fraude processual, por tentativas de obstruir as investigaç­ões.

Segundo a procurador­ia, 13 integrante­s da organizaçã­o criminosa participar­am da manipulaçã­o dos dados apresentad­os ao MPF. Eles foram denunciado­s por falsidade ideológica e por omitir dados técnicos indispensá­veis à propositur­a da ação civil, quando requisitad­os pelo Ministério Público.

O prejuízo causado aos cofres públicos devido ao custeio indevido das mensalidad­es foi estimado em até R$ 500 milhões, segundo o MPF. Os envolvidos no esquema cobravam até R$ 120 mil por aluno para garantir a matrícula sem processo seletivo e para enquadrar no programa de financiame­nto estudantil pessoas que não teriam direito ao benefício.

As provas usadas pelo MPF são referentes a 2019, porém, há suspeitas de que as irregulari­dades começaram a acontecer bem antes.

“Para garantir o menor nível de inadimplên­cia possível, a organizaçã­o transferiu boa parte do risco de calote aos cofres públicos da União, que é quem patrocina o Fies”, descreveu o MPF.

O comércio de vagas contava com a atuação de assessores educaciona­is informais e sem vínculos com a Universida­de Brasil.

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