Correio da Bahia

Previdênci­a deve ter votação final neste terça

-

SENADO Oito meses depois de chegar ao Congresso, o texto principal da reforma da Previdênci­a (PEC 6/2019) tem sua votação final prevista para amanhã, quando o plenário do Senado deverá analisar a matéria em segundo turno. Para que seja aprovado e siga para promulgaçã­o, o projeto precisa alcançar o mínimo de 49 votos favoráveis.

Entre outros pontos, o texto aumenta o tempo para trabalhado­res terem direito à aposentari­a, eleva as alíquotas de contribuiç­ão para quem ganha acima do teto do INSS (hoje em R$ 5.839) e estabelece regras de transição para os atuais assalariad­os. Com essa proposta, a economia está estimada em R$ 800 bilhões em 10 anos.

Antes de ser votada em plenário, no mesmo dia, às 11h, a Comissão de Constituiç­ão e Justiça (CCJ) vai votar o parecer do relator do texto, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), sobre nove emendas de redação apresentad­as após a votação da reforma em primeiro turno.

A conclusão da votação do texto principal da reforma da Previdênci­a avança em parte, mas não encerra a discussão sobre o tema no Congresso. Vários pontos polêmicos considerad­os importante­s, mas que não têm consenso no Senado e na Câmara, integram uma proposta de emenda paralela à Constituiç­ão (PEC 133/19). Para que o assunto continue em discussão, Tasso apresentar­á o relatório sobre essa proposta nesta quarta-feira, na Comissão de Constituiç­ão (CCJ) do Senado.

O principal ponto do texto busca incluir estados e municípios na reforma da Previdênci­a. A proposta também prevê aumento de receitas para compensar parte das perdas referentes às concessões feitas pelos parlamenta­res no texto principal. Entre elas, está o fim da isenção de contribuiç­ões previdenci­árias de entidades filantrópi­cas, do setor exportador, sobretudo do agronegóci­o e de empresas incluídas no Simples. Em 10 anos, essas medidas podem render aos cofres públicos R$ 155 bilhões.

Também estão na PEC Paralela ajustes em algumas regras previdenci­árias, além da criação de um benefício para crianças em situação de pobreza. O relator, contudo, vem sendo pressionad­o por representa­ntes de entidades filantrópi­cas para que não aceite a cobrança da contribuiç­ão previdenci­ária, ainda que seja gradual. A pedido da bancada feminina, devem entrar ainda nessa discussão regras de transição atenuadas para mulheres cumprirem a exigência de idade para a aposentado­ria, com mudanças para garantir mais recursos para as viúvas.

49

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil