EUA e China assinam 1º acordo para aliviar guerra comercial
CERIMÔNIA Estados Unidos e China oficializaram, ontem, em cerimônia na Casa Branca, a chamada "fase 1" de um acordo que coloca fim a uma guerra comercial que se arrastou por quase dois anos. Desde 2018, a disputa entre as duas potências provocou uma escalada de tarifas impostas pelos EUA a US$ 360 bilhões de produtos chineses e retaliações por parte de Pequim, com reflexos na economia mundial.
Pelo acordo, os chineses aceitaram aumentar a compra de bens e serviços americanos - incluindo produção agrícola dos EUA- e em avançar na proteção de tecnologia, um pleito dos americanos. Já os EUA vão suavizar as tarifas impostas nos últimos meses, mas manter boa parte das sobretaxas em pé, com a ameaça de punição extra caso a China descumpra o acordado.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que as tarifas ainda em vigor são uma forma de manter as negociações para a chamada "fase 2" do acordo, mas disse que está pronto para retirar todas as sobretaxas assim que os dois países chegarem a um acordo final. "Francamente, a China e eu vamos começar a negociar (próxima fase) muito em breve", disse.
Trump sela a trégua com os chineses a menos de 11 meses da disputa presidencial de 2020, que pode conduzi-lo a mais quatro anos na Casa Branca. O setor rural, eleitorado importante do presidente, tem pressionado o governo por soluções sobre a disputa comercial. Os agricultores do Meio-Oeste sofreram com a retaliação chinesa às tarifas impostas pelos EUA e viram uma queda drástica nas exportações, mas serão beneficiados pelo acordo inicial.