Oposição a Maduro denuncia agressões
ATAQUE DE MILÍCIA Deputados da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela afirmaram, ontem, que foram impedidos pelas milícias favoráveis ao presidente chavista, de entrar na Assembleia Nacional, o parlamento venezuelano. Ainda segundo os políticos, os milicianos chegaram a atirar contra seus carros, no centro de Caracas, quando os deputados seguiam para o Palácio Legislativo.
Em uma rede social, a deputada Delsa Solórzano escreveu que estava em um dos veículos alvejados a caminho da Assembleia Nacional. Ainda segundo a deputada, seus colegas parlamentares decidiram se reunir em outro prédio, o anfiteatro El Hatillo. Já o prédio do parlamento foi cercado por militares para impedir a entrada dos deputados contrários ao chavismo.
O líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, participaria da sessão de ontem na Assembleia Nacional. Guaidó tem afirmado que a sede do Legislativo foi sequestrada por militares, policiais e grupos civis ligados a Maduro.
Ele havia convocado a sessão por ocasião do Dia do Professor na Venezuela, categoria que reclama de baixos salários e condições ruins de trabalho.
No ano passado, Maduro desautorizou a Assembleia Nacional e criou uma Assembleia Constituinte, formada apenas por apoiadores do seu governo. O líder dessa última é Diosdado Cabello, um dos principais defensores do chavismo.
Ontem, Maduro fez seu discurso anual à Assembleia Nacional Constituite (ANC), seu Parlamento Paraleo, e, na ocasião, ameaçou “quebrar os dentes” do Brasil e da Colômbia, dois dos países que reconheceram Juan Guaidó como presidente interino do país.
Maduro disse que conhece “em detalhes os planos da oligarquia colombiana e de Jair Bolsonaro” para intervirem na Venezuela. “Se Brasil e Colômbia se atreverem, vamos arrebentar seus dentes, para que aprendam a respeitar a Força Armada Nacional Bolivariana e o povo de Bolívar”, ameaçou Maduro, que denunciou a ação de supostos grupos paramilitares na fronteira.
Se Brasil e Colômbia se atreverem, vamos arrebentar seus dentes, para que aprendam a respeitar a Força Armada Nacional Bolivariana e o povo de Bolívar Nicolás Maduro
Presidente da Venezuela ameaçou os países que reconhecem Juan Guaidó como líder interino da Venezuela. Segundo ele, são nações "ajoelhadas diante dos EUA".