Taxistas esperam faturar mais
A Associação Geral dos Taxistas está otimista com a abertura do novo Centro de Convenções de Salvador. A expectativa do presidente da entidade, Dênis Paim, é que a renda da categoria tenha um aumento de até 70% com as corridas, sobretudo quando ocorrerem no equipamentos grandes feiras e congressos (mais de 30 eventos já estão agendados para os próximos anos).
“Quando o turista chega, a primeira coisa que ele faz é procurar o taxista para saber como está a cidade. Quando tínhamos o centro de convenções funcionando, havia uma opção a mais de corrida. Sempre houve grandes eventos, convenções, formaturas, vários encontros importantes nacionais e internacionais. Movimentava muito a cidade”, lembra ele, que trabalha como taxista há 12 anos.
Paim avalia que, após o fechamento do antigo centro de convenções, em Armação, a economia da cidade esfriou e o impacto foi sentido pelos profissionais. “Agora, com o novo centro, com certeza a cidade vai voltar a ser o que era antes. Estamos todos aguardando e dando boas-vindas a esse equipamento”, assinalou ele.
Salvador conta atualmente com 7,2 mil veículos cadastrados para serviço de táxi junto à Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob). Esses profissionais se beneficiam diretamente do turismo na cidade. Agora, com o novo Centro de Convenções, contam com a retomada do turismo de negócios e eventos para melhoria do movimento de passageiros.
34 mil metros quadrados é a área construída do centro de convenções 25 milhões de reais serão investidos pela GL Events em pagamento de outorga, equipamentos e instalações 100 empregos diretos serão gerados pelo centro de convenções
BARES E RESTAURANTES
Júlio Calado, diretor institucional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), diz que a abertura do centro de convenções vai ser "excelente" para o setor, uma vez que irá garantir um maior movimento nos estabelecimentos comerciais da capital baiana no período de baixa estação.
"O turismo em Salvador é muito forte no verão. Na alta temporada os bares e restaurantes têm um bom faturamento, uma boa equipe, mas daí vem o inverno e a queda é muito grande. E o que acontece? O empresário passa o inverno inteiro tentando se manter. Ou seja, ele chega no verão seguinte sem fôlego para grandes investimentos", conta.
Segundo ele, o centro de convenções vai ajudas neste aspecto. "No período mais difícil para o segmento de bares e restaurantes teremos então as convenções, as grandes feiras, congressos, formaturas, shows, dentre outros eventos, com milhares de pessoas circulando em vários pontos da cidade", observou. "É um turista diferenciado. Não é o mesmo turista de verão. O turista corporativo gasta três vezes mais. É um turista que ajuda a sustentar vários negócios, garantindo milhares de empregos", acrescenta.