PMS suspeitos de sequestros e roubos são presos na Bahia
Três policiais militares foram presos, ontem, durante uma força-tarefa que investiga a participação de PMs em crimes de extorsão mediante sequestro e roubo. Ao todo, sete integrantes da Polícia Militar baiana são investigados no estado. Os PMs, seis homens e uma mulher, têm patentes de subtenente e soldado e são lotados na 32ª Companhia Independente da PM (CIPM/Pojuca).
Os PMs são investigados pela Força Tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) que investiga a atuação de grupos de extermínio. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Pojuca, Alagoinhas, Capim Grosso, Igaporã e Feira de Santana.
Cerca de 140 policiais militares e civis cumpriram as ordens judiciais expedidas pela Auditoria Militar de Salvador e pela comarca de Igaporã. Os três PMs presos foram apresentados no Batalhão de Choque (BPChq) da PM, em Lauro de Freitas. Uma Base Móvel do Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou exames de corpo de delito nos detidos. Os PMs cumprirão as prisões temporárias de 30 dias no Batalhão de Choque. Os outros quatro PMs investigados seguem sendo procurados pelas equipes.
Também foi preso em Igaporã um homem que atua como vigilante. Ele foi apresentado na Delegacia Territorial (DT) de Guanambi.
O grupo de sete policiais militares alvo de Força Tarefa já tinha praticado roubo e extorsão outras vezes. O grupo passou a ser investigado depois de um roubo que aconteceu na cidade de Igaporã, no último dia 9 de junho. Um imóvel foi invadido por homens fardados que diziam cumprir mandado judicial.
Após roubarem R$ 5 mil, celulares e joias, os criminosos saíram e deixaram cair uma pistola calibre 40, pertencente a um soldado da 32ª CIPM (Pojuca). No mesmo dia, o militar foi preso.
Segundo a SSP-BA, os PMs são investigados em outros casos de extorsão mediante sequestro e roubo. No entanto, a assessoria de comunicação da pasta informou que não pode dar detalhes.
“Para não prejudicar as investigações, os outros casos suspeitos, nesse momento, não serão divulgados”, informou a pasta, em nota.
Os policiais militares são investigados pela Força Tarefa que investiga grupos de extermínio. Questionada também se os PMs estão envolvidos em assassinatos, a assessoria da SSP disse que “por enquanto, não há indícios de homicídios”.
O CORREIO perguntou se o comandante da 32ª (CIPM/Pojuca) havia notado os desvios dos policiais ou percebido de alguma forma os crimes e se ele poderia ser responsabilizado por alguma coisa, já que é quem responde pela unidade. A SSP-BA respondeu apenas que não há “nenhum indício de participação do comandante ou de ciência dos fatos”.
Também foi questionado à secretaria se os policiais já respondem por outros crimes. Pediu também à Polícia Militar o número de policiais afastados por condutas irregulares e os motivos, este ano e no ano passado, mas até a publicação desta reportagem, nenhuma resposta foi enviada. Em levantamento realizado pela própria reportagem, com base na cobertura da imprensa, no entanto, foi verificado que somente este ano, de março até agora, 17 policiais militares já foram presos em operações e forças tarefas da Corregedoria e da SSP-BA. A maioria deles por crimes de extor
são (veja no quadro ao lado).
Após o roubo dos R$ 5 mil, celulares e joias em Igaporã, as Corregedorias Geral e da PM aprofundaram as investigações e descobriram indícios de participação de outros militares em esquemas criminosos. Informações preliminares apontam que o grupo alvo da força-tarefa que culminou nas três prisões de ontem, em alguns casos, usava fardas rajadas (conhecidas popularmente como Caatinga) e invadia locais usados por traficantes para sequestrar criminosos ou parentes.
Além dos delitos de extorsão mediante sequestro, associação criminosa e roubo, os policiais são investigados também por abuso sexual. Uma das pessoas presas pelos investigados, além de ter tido o celular roubado, denunciou que foi abusada sexualmente. A Força Tarefa da SSP tem 30 dias para concluir a investigação, prazo das prisões temporárias, que pode ser prorrogado por igual período.
Levantamento Mesmo sem ter recebido uma resposta oficial da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o CORREIO fez um levantamento que aponta outros casos de desvio de conduta de policiais militares em 2020. A maioria deles foi noticiada pela imprensa e está relacionada ao crime de extorsão. Com as três prisões de ontem, o número chega a 17 desde o mês de março;
12 de março Um soldado da PM e um sargento do Exército Brasileiro foram presos em uma ação conjunta do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e da Corregedoria da Polícia Militar. Na ocasião, eles foram capturados nos bairros da Liberdade e Vila Canária, em Salvador, e a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que a dupla tinha envolvimento com extorsões mediante sequestros e assassinatos;
13 de abril Dois PMs foram presos em flagrante por extorsão na Avenida Pinto de Aguiar. As prisões foram feitas por equipes da 40ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Nordeste de Amaralina), em apoio a uma operação do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil. Os dois acusados indicaram o local para que a vítima da extorsão deixasse a quantia em dinheiro exigida. A partir desta informação, a operação foi montada e as equipes ficaram aguardando o desenrolar da ação;
16 de maio Força-tarefa liderada pela Corregedoria prendeu quatro PMs envolvidos em assassinatos. Os quatro soldados da ativa foram presos por participação nos homicídios dos irmãos Hiago Nascimento Tavares e Thiago Nascimento Tavares, em Barra do Pojuca, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), no mês de fevereiro;
22 de maio Mandados de prisão foram cumpridos contra cincos policiais militares. A investigação apontou que o grupo de soldados sequestrava traficantes de drogas ou parentes dos criminosos e exigia dinheiro para a liberação. O sexto PM envolvido no caso foi capturado horas depois. Os crimes teriam acontecido tanto em Salvador quanto em municípios da RMS, em janeiro deste ano
25 de maio O soldado Adalto José Gouveia Filho foi preso quando resgatava cinco acusados de homicídio, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Armas, munições, colete balístico e drogas foram apreendidos na ação pela 19ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar/Paripe).
O pedreiro Sulivaldo dos Santos Menezes, 47 anos, que morreu no último domingo, após o desabamento de uma marquise na Rua da Jaqueira, em Periperi, trabalhou na construção do espaço. Essa é a informação passada pela secretária escolar Sara Dantas, 41 anos, filha de seu José, mais conhecido como Nem, dono do bar onde Sulivaldo estava no momento do acidente.
“Ele sempre foi um pedreiro respeitado e trabalhador. Suas obras nunca tiveram problema. Ele que bateu a laje, há 20 anos. Isso que é o mais assustador. Se ele soubesse que tinha algum erro, com certeza não estaria aqui”, disse Sara. Ela atendeu a reportagem no lugar do pai, que estava muito abalado com o acidente e não podia falar.
A marquise que caiu fica no primeiro andar da casa de dois pavimentos. Embaixo, além do bar, está a residência de seu José, que mora com outras cinco pessoas. Em cima, Sara vive com a filha. “Não vimos nenhum sinal de que esse acidente pudesse acontecer. A marquise é o local onde eu coloco as roupas no varal. Eu não teria arriscado a minha vida e a da minha filha se soubesse que algo do tipo iria ocorrer”, garantiu.
O acidente aconteceu por volta das 18h30. Além de Sulivaldo, outros três homens estavam na calçada, consumindo bebidas alcoólicas. Dois foram identificados pelos vizinhos como Anselmo e Edelvandro e foram encaminhados para o Hospital Geral do Estado (HGE). O outro homem, identificado como Evan, foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento de Periperi, e já recebeu alta. Não haviam pessoas em cima da marquise.
Foram os próprios vizinhos que fizeram o trabalho de retirada dos escombros e deram os primeiros atendimentos às vítimas. “Eu percebi que ele não estava mais respirando, mas ainda tinha batimentos cardíacos. Reforcei com o Samu a necessidade da urgência no atendimento, pois não tinha os aparelhos necessários para fazer alguns procedimentos”, lembrou a vizinha do bar e técnica de enfermagem, Marcia Meireles, 32.
A assessoria da Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) informou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado às 18h45, mas a equipe só deu disparada 10 minutos depois, às 18h55, vindo a chegar no local do acidente às 19h24, quase 1h após o acidente. “A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros chegaram primeiro que a Samu”, disse Marcia.
Segundo o diretor de imóveis da OLX Brasil, o isolamento social não é o motivo principal para a busca por uma nova residência, mas ajuda. "A compra de um novo apartamento ou casa é um processo super longo e demora muito tempo. O que a pandemia está servindo é para acelerar esse processo, é um gatilho para que haja essa mudança de lar. Está deixando uma pulguinha atrás da orelha", afirma Dadian.
O advogado Fábio Pinheiro, 32 anos, se mudou durante a pandemia. O plano já existia desde o ano passado, graças a um vizinho barulhento, que fazia festas constantemente. As duas partes chegaram a se reunir, antes do isolamento social, com a presença do síndico, mas nada mudou.
Cansado desse incômodo, passou a procurar uma nova residência. E, assim como as estatísticas da OLX, optou por um apartamento maior, com três quartos - antes, ele vivia em um dois quartos. O espaço a mais será para receber a filha, Laura, que nascerá nas próximas semanas. "Me permiti ser um pouco maior, já que recém-nascido tem muitos itens, como carrinho, banheira, etc", comenta Fábio Pinheiro.
"Muitas pessoas estão percebendo que moram mal e passaram a buscar por mais conforto, mais espaço e outros tipos de ambientes. Como a varanda, por exemplo. Outra coisa é uma boa ventilação e a vista - não necessariamente em ter uma vista bonita, mas sim uma casa que não seja tão perto de algum vizinho", explica Juliana Oliveira, sócia da JVF Empreendimentos.
Varanda, aliás, é o desejo da advogada Luiza Rocha . “Depois da pandemia passei a pensar também em buscar imóveis com varanda, para ter como tomar um sol e ter um ambiente mais de ar puro em casa. Não pensava nisso antes, mas agora passei a pensar. Não é um item determinante para eu fechar um negócio, mas tenho priorizado”, diz.
Feirões online A Casa Que Eu Quero (www.acasaqueeuquero.com.br) disponibiliza mais de mil imóveis
Sites Atráves dos portais das empresas é possível ver os imóveis à venda no portfólio, com informações importantes como metro quadrado, quantidade de quartos e características das áreas comuns
Portais imobiliários Assim como os feirões online, esse tipo de portal reúne apartamentos e casas de várias corretoras diferentes