ENTRE SALVADOR E ITACARÉ, JÁ FORAM AVISTADAS 72 BALEIAS, SENDO 18 FILHOTES NA EXPEDIÇÃO
como sempre fazem, a única mudança é que a casa é em alto mar. “É como uma casa de praia flutuante”, relatou o capitão do catamarã. “A gente acorda e sai cedo pro mar para a observação das baleias, entre 7h e 8h. Voltamos para o porto por volta das 17h. Mas tudo isso depende do tempo, não somos nós que mandamos”, afirmou Marcovaldi.
A equipe ainda planeja passar dois dias em alto mar no trecho entre Ilhéus e Porto Seguro. Na rotina do grupo, foram incluídas as precauções para evitar contágio pelo coronavírus. Além da redução da equipe (apenas três pesquisadores fixos estão na viagem, todos seguem os protocolos de segurança. “Nossa equipe, geralmente, é de 6 a 7 pessoas em expedições do tipo. Apenas um pesquisador local pode subir no barco conosco. Estamos nos cuidando muito aqui, com uso de álcool em gel e evitando descer na terra, por exemplo”, afirmou Enrico.
Com a viagem, o projeto vai monitorar toda a área acompanhada de uma vez. Em poucos dias, o barco chega a região de Abrolhos, que tem a maior concentração de Baleias Jubarte. Nestes dias de expedição, os pesquisadores já perceberam uma redução nas atividades do mar, como o tráfego de navios, e também uma grande quantidade de filhotes. Entretanto, ainda não é possível medir os impactos da pandemia na espécie.
“Essa temporada tem como característica muitos filhotes. A gente também está vendo menos navios cargueiros e redes de pesca devido à pandemia, mas não tem como dizer que isso vai influenciar o comportamento dos animais. Isso só poderá ser avaliado no final da temporada”, disse Enrico.
Entre Salvador e Itacaré, já foram avistadas 72 baleias, sendo 18 filhotes. Outros 60 animais da espécie, dentre eles, 16 filhotes, foram observados nos 4 primeiros cruzeiros realizados entre a capital baiana e Praia do Forte. A população brasileira de baleias-jubarte é estimada em 20 mil animais.