Filme sobre a violenta década de 1970 é exibido em Veneza
CINEMA Um dos filmes que está na Seleção Oficial do Festival de Veneza e concorre ao Leão de Ouro foi exibido ontem: Padrenostro, dirigido por Claudio Noce. O drama que aborda os violentos anos da década de 1970 dividiu opiniões e lançou um debate sobre o perdão e a reconciliação. O roteiro centra-se na figura de Valerio, uma criança de 10 anos interpretada por Mattia Garaci. O rapaz encontra em Christian, um amigo imaginário, o remédio para a solidão ditada pelo isolamento devido às ameaças de um grupo terrorista contra o pai. A história baseia-se na infância do próprio realizador.
“O filme não consegue comunicar a verdade”, disse Emilio Monreale, crítico do jornal La Repubblica. “Usa a mesma estrutura dos filmes feitos para a televisão... esse imaginário está desgastado”, criticou o jornalista.
Também foi exibido, fora de competição, Sou Greta, documentário que segue Greta Thunberg e sua jornada de colegial sueca a ativista global do clima. Segundo a própria adolescente, o filme a retrata com precisão como uma “nerd tímida”, disse durante a estreia.
O diretor Nathan Grossman registrou a vida cotidiana de Thunberg por um ano, narrando sua ascensão à fama: do início de sua greve escolar, em agosto de 2018, até suas viagens ao redor do mundo.
Hoje, será exibido, também fora de competição, o documentário Narciso em Férias, sobre os 54 dias que Caetano Veloso passou na prisão na virada de 1968 para 1969. O filme é dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, a dupla do documentário Uma Noite em 67. Narciso em Férias chega hoje também à plataforma de streaming Globoplay.