Correio da Bahia

A força do centro

MDB, DEM e PSDB ganham metade das capitais nas eleições deste ano

- Das Agências REPORTAGEM correio24h­oras@redebahia.com.br

O MDB foi o partido que mais elegeu prefeitos em capitais nas eleições deste ano, com cinco no total. Em seguida aparecem o Democratas (DEM) - cujo presidente nacional é o prefeito de Salvador, ACM Neto - e o PSDB, ambos com quatro vitoriosos. O resultado consolida a tendência já verificada no 1º turno de que o centro político seria o grande vencedor das disputas municipais deste ano - somadas as três siglas terão 13 das 26 sedes de estado onde há prefeitura­s.

Na sequência aparecem mais dois partidos de centro PP e PSD - e duas legendas de esquerda - PDT e PSB - , todos com dois prefeitos eleitos cada. Depois, aparecem com um vitorioso, cada, Republican­os, Psol, Podemos e Avante.

O maior salto em número de prefeitura­s foi do Democratas.

Em 2016, o DEM elegeu 277 prefeitos. Agora, saltou para 476. Em percentage­m de eleitores nos municípios governados, o aumento foi de 5,5% para quase 12%. Em números absolutos são mais de 24,3 milhões pessoas - mais que o dobro da eleição de 2016 (10,836 milhões).

No mapa das capitais, o DEM venceu no Rio de Janeiro e em Salvador e ainda reelegeu prefeitos nas capitais Curitiba e Florianópo­lis. Em Salvador, Bruno Reis foi eleito em 1º turno com 64,20% dos votos válidos - percentual só superado nas capitais do país por Arthur Henrique (MDB), eleito ontem prefeito de Boa Vista, com 85,36% dos votos válidos.

Na Bahia, o Democratas é o partido que mais vai governar pessoas a partir de janeiro. As cidades com prefeitos da legenda somam cerca de 4,47 milhões de pessoas, sendo quase 2,9 milhões em Salvador. O partido seguirá governando municípios populosos e com peso econômico, como Camaçari e Barreiras, e conquistou cidades importante­s a exemplo de Teixeira de Freitas, Eunápolis, Guanambi e Senhor do Bonfim.

A legenda também fez parte de coligações que elegeram prefeitos em municípios estratégic­os da Bahia, como Colbert Martins (MDB), em Feira de Santana, Herzem Gusmão (MDB), em Vitória da Conquista. Nacionalme­nte, a legenda fez parte da coligação que reelegeu Bruno Covas, em São Paulo. Em Porto Alegre, o vice-prefeito eleito, Ricardo Gomes, é do Democratas.

PAÍS

Nacionalme­nte, prefeitos do PSDB devem governar cerca de 17% dos eleitores do país a partir de 2021. O partido se manteve no primeiro lugar nesse ranking, mas perdeu poder desde a eleição anterior, quando sua fatia do eleitorado chegou a 24%.

Os tucanos também encolheram no número de prefeitos eleitos, de 805 há quatro anos para 533 agora. Mas mantiveram São Paulo, a prefeitura mais importante do país em população, orçamento e projeção política.

Em número de prefeitos vitoriosos, o MDB (antigo PMDB) ficou em primeiro lugar, com 803. Mas o partido segue em declínio, se o atual resultado for comparado com os de disputas anteriores. Em 2008, 2012 e 2016, a legenda ganhou em 1.204, 1.038 e 1.048 cidades, respectiva­mente. No mesmo período, a cota de eleitores governados de 22%, 16% e 15%. Agora, caiu novamente, para 13%.

O PT, principal rival dos tucanos até recentemen­te, encolheu no número de prefeitos eleitos, mas conquistou cidades maiores e, com isso, manteve a parcela de eleitores que vai governar: 3%, o mesmo resultado obtido em 2016.

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