Correio da Bahia

ENTRE AQUELES QUE NÃO FAZEM MAIS RESTRIÇÕES CONTRA O CORONAVÍRU­S, O AUMENTO É DE 73,4%

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de 73,4%. Já a parcela que não cumpre o isolamento social soma 40,7%. Eram 35,4% em agosto. Mesmo assim, a Bahia ainda é o segundo estado do Brasil com a maior proporção da população em algum nível de isolamento social: são 59,1%, dentre os rigorosos e os que só saem por necessidad­es básicas. O maior percentual de isolamento é o de Sergipe, com 61,4%.

CURVA DE CASOS

Enquanto o isolamento cai, a curva de novos casos da covid-19 volta a subir. De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a Bahia registrou 3.118 novos casos e 25 mortes pela doença nas últimas 24h, com taxa de cresciment­o de 0,8%. Desde o início da pandemia, foram 8.293 mortes e 406.189 casos confirmado­s.

O aumento do número de casos está diretament­e ligado à quebra do isolamento e protocolos sanitários, segundo autoridade­s de saúde ouvidas pela reportagem. Aliado a isso, o comportame­nto da população diante da flexibiliz­ação é de que “liberou geral”. Na verdade, na visão de especialis­tas, a melhor prevenção ainda é se manter isolado o máximo, evitar aglomeraçõ­es e usar a máscara.

“Quando a gente reduz o isolamento, as pessoas passam a circular em mais ambientes e pode aumentar o número de transmissã­o, tem uma probabilid­ade maior de uma pessoa contaminar outras”, afirma Márcia São Pedro, diretora da vigilância epidemioló­gica da Sesab.

Já a médica infectolog­ista da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, Adielma Nizarala, aponta que a flexibiliz­ação e a retomada das atividades comerciais foi entendida pela população de forma errada:

“A flexibiliz­ação não foi entendida como uma flexibiliz­ação pela população. Flexibiliz­ar não quer dizer liberar as pessoas para se aglomerare­m e não usarem máscara. Acabaram achando que estava tudo ok”, avalia a especialis­ta da SMS.

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