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um preço, que pode ser até bem alto.
Ou entre Carole e sua mãe nigeriana Bummi. Primeiro, conhecemos o ponto de vista da filha, lutando para apagar as marcas que poderiam dificultar sua entrada no mundo dos bem sucedidos. O que inclui alisar os cabelos, neutralizar a ascendência ao máximo e casar um londrino branco, de família tradicional.
Depois conhecemos o ponto de vista de Bummi, que experimentou todas as desconfianças e negações quando partiu com o marido para tentar uma vida melhor e promissora em Londres. E para vergonha daaa filha, leva a vida à moda nigeriana.
HIBRIDISMO
Além da polifonia de vozes, o grande destaque do livro elogiado até por Barack Obama - é sua forma inovadora. Sem pontos finais, mistura formas e gêneros literários, indo da prosa para os versos, da primeira para a terceira pessoa, com uma fluidez desconcertante. E varia a linguagem de acordo com a personagens: jovens da periferia, imigrantes que não dominam a norma culta, universitárias formadas em Oxford...
Sobre os desafios da tradução do livro, Camila von Holdefer afirma que o trabalho foi um desafio constante. “A linguagem pode mudar do formal para o informal, ou vice-versa, numa mesma frase”, destaca a tradutora, avisando que a narração escorrega para o diálogo sem qualquer aviso prévio.
Apesar das 500 páginas que a princípio podem desestimular o leitor, Garota, Mulher, Outras é uma ótima forma de aproximação da literatura de Bernardine. Vale encarar o desafio.
Mesa (18j) Diásporas (18h), com Bernardine Evaristo e Stephanie Borges
Mesa 2 (20h30) Zé Kleber: Cirandas. Com Fernando e Marcello Alcantara. Mediação de Jéssica Moreira
Mesa 3 (16h) Florestas Vivas, com Jonathan Safran Foer e Márcia Kambeb. Mediação de Jennifer Ann Thomas
Mesa 4 (18h) Eileen para Presidente. Com Eileen Myles. Mediação de Bruna Beber e Mariana Ruggieri
Mesa 5 (20h30) Mesa 5 – Animais Abatidos. Com Pilar Quintana e Ana Paula Maia. Mediação de Schneider Carpeggiani