Correio da Bahia

Covid-19 cresce no Subúrbio

Saúde Em um mês, Periperi dobrou o número de casos e Itacaranha mais que triplicou

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forma, por sua vez, tinha 51 casos em novembro e chegou a 71 novos casos no mês de dezembro.

“Isso acaba levando a um aumento em outros bairros. Itacaranha, que é colado em Plataforma, saiu de cerca de 30 casos ativos em novembro para 100 em dezembro. Isso precisa ser levado em consideraç­ão”, avalia a professora.

VIDA NORMAL

O relato de quem vive nos bairros do Subúrbio é que o clima por lá é de normalidad­e: usa máscara quem quer, há festas com frequência consideráv­el na rua e as praias são muito ocupadas. O marceneiro Fred Santana acredita que foi em uma dessas festas que acabou se contaminan­do pela primeira vez. Para fazer uma renda extra, vende bebidas em festas do tipo paredão e foi logo após um evento no bairro de Periperi que ele testou positivo para a doença.

“A gente fica numa situação muito difícil. Fui demitido da empresa que trabalhava logo no início da pandemia e encontrei nas festas uma oportunida­de de fazer dinheiro aqui pra casa. Não dá pra viver só de auxílio. Então a gente escolhe: ou fica parado, ou se contamina. E eu não sei ficar parado sem dinheiro em casa”, revela.

Em Paripe, Jéssica diz que o cotidiano é bem por aí. Segundo ela, não há como ficar isolada porque é preciso colocar a comida na mesa. Ela mora apenas com a mãe e as duas tiveram a doença. Nenhuma faz parte de grupos de risco e já estão recuperada­s.

Apesar do cresciment­o no número de casos, nenhum bairro do Subúrbio está entre os dez bairros com maior número de casos confirmado­s, de acordo com a SMS. Atualmente, os cinco com o maior índice são Pernambués, Pituba, Brotas, Santa Cruz e Itapuã. Com exceção de Itapuã, todos estão sob a guarda das medidas de Proteção à Vida da Prefeitura de Salvador, que conta com testagem rápida e higienizaç­ão das ruas, por exemplo.

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ARISSON MARINHO/ARQUIVO CORREIO*

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