Correio da Bahia

Planos incluem até o uso de freezer de peixe

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Enquanto esperam aprovação de alguma vacina contra a covid-19, estados e municípios correm contra o tempo para garantir que a campanha de imunização comece assim que for dado o aval. Planos preveem desde transforma­r escolas, igrejas ou quartéis em salas de vacinação até investir em sistema de drive-thru. Em alguns locais, a logística inclui transporta­r doses de barco ou avião e até armazená-las em frigorífic­o de peixe.

Governos estaduais dizem que as seringas e agulhas em estoque já seriam suficiente­s para as primeiras fases de imunização. Ao menos 15 das 27 unidades federativa­s entre elas, São Paulo, Pará e Bahia - também fecharam contrato com farmacêuti­cas, assinaram memorando ou reservaram orçamento para compra direta de vacina.

Um dos objetivos dessas negociaçõe­s é não depender exclusivam­ente das doses que devem ser distribuíd­as pelo Ministério da Saúde. O governo Jair Bolsonaro apresentou o Plano Nacional da Vacinação Contra a Covid-19 no dia 16 de dezembro, mas ainda sem data oficial de início da campanha.

No Rio, caso necessário, o plano prevê postos em escolas, instituiçõ­es religiosas, associação de moradores, shoppings, aeroportos e unidades do Detran.

Já Minas aposta em vacinação à noite e nos fins de semana. Ginásios e condomínio­s são outras alternativ­as citadas no País. Pelos programas, equipes de saúde devem ir, ainda, a pacientes acamados e centros de idosos.

Contra aglomeraçõ­es, o mais comum é a vacinação por drivethru: modalidade em que não é preciso sair do carro. Além de São Paulo, o sistema foi sugerido por Maranhão, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.

Em Rondônia e no Amazonas, algumas comunidade­s só podem ser acessadas por barco. O Acre também vai precisar de aeronaves e embarcaçõe­s para o transporte de doses. Para evitar que estraguem, a gestão Gladson Cameli (PP) comprou novas câmaras frias e, como retaguarda, deve usar um frigorífic­o de peixes que estava fechado desde 2018. “Sairemos de uma capacidade de armazename­nto de doses de vacina de 600 mil para 1,6 milhão de doses”, diz Renata Quiles, coordenado­ra da operação no Acre.

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