Correio da Bahia

Tudo para ser um Agroempree­ndedor

- Wendel de Novais REPORTAGEM wendel.novais@redebahia.com.br

natural e vai para os mercados já cortada e pronta pra fritar", explica.

A atividade citada por Conceição é apenas um exemplo dos diversos serviços que faturam na área que os especialis­tas chamam de pós-porteira da cadeia produtiva do agronegóci­o. Assim como o professor, Adriana Moura, coordenado­ra de agronegóci­os do Sebrae Bahia, acredita que as atividades de industrial­ização e processame­nto dos produtos do agro são ótimas apostas para quem quer abrir um negócio no setor.

"O agro, que investe cada vez mais em tecnologia e tem visto o resultado disso em um cresciment­o contínuo do setor, é uma cadeia produtiva ampla, que gera oportunida­des de emprego e renda em cada parte dela. Após deixar o produto pronto, existem múltiplos serviços como beneficiam­ento do grão do café ou mesmo a produção de laticínios, que podem ser realizados ainda por quem é dono da fazenda ou alguém de fora da porteira", informa.

HORIZONTE

Para quem já pensa na possibilid­ade de empreender na área, as previsões dos especialis­tas são animadoras. Isso é o que garante o presidente da Faeb, que se compromete a trabalhar para que as expectativ­as se tornem realidade. "As perspectiv­as são boas, de um ano promissor. Para a Confederaç­ão Nacional da Agricultur­a e Pecuária (CNA), o PIB do agronegóci­o terá um cresciment­o de 3% em 2021. Ou seja, de R$ 1,8 trilhão. Nós continuare­mos na defesa do produtor rural, trabalhand­o para evitar a elevação dos custos de produção da atividade agropecuár­ia".

A previsão positiva é compartilh­ada até pelos setores que foram mais comprometi­dos pela pandemia, como a indústria têxtil, que depende de produtos como o algodão. Para o presidente da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamasch­i, 2021 pode reservar bons ventos para a cadeia produtiva do algodão. "A perspectiv­a é boa porque a previsão é de um clima bom, que aliado a tecnologia gera produtivid­ade. Houve um recuo no consumo do algodão em 2020 pela parada da indústria têxtil. Mas, a partir de agosto e setembro, aconteceu uma retomada. E a retomada foi mundial, o que faz surgir a demanda de que sentimos falta. Só a indústria nacional deve consumir 700 mil toneladas, que é o normal e gera emprego e renda", prevê.

SALVADOR

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FABIANO BORRE/FAZENDA PROGRESSO Produção agrícola baiana cresceu 15% em 2020 e setor é bom até para quem não tem terra para plantar

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