Correio da Bahia

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Bahia Dado Cavalcanti diz que empate pode ser ‘virada de chave’ no Brasileirã­o

- Gabriel Rodrigues REPORTAGEM @gabrielsr6

O empate entre Bahia e Atlético-GO, por 1x1, na noite de ontem, no estádio Antônio Accioly, em Goiânia, não alterou o drama que o tricolor vive na luta contra o rebaixamen­to no Campeonato Brasileiro.

Mas o resultado foi analisado pelo lado positivo pelo técnico Dado Cavalcanti.

O ponto conquistad­o diante do Dragão veio em tom de alívio para o treinador, e tem uma explicação. O Bahia vinha de sete derrotas seguidas na Série A e por muito pouco não completou a oitava. Após a partida, o comandante elogiou a atuação da equipe disse que a partida pode simbolizar a virada de chave do Esquadrão no torneio.

“O ponto nos faz dar um passo à frente. Dizer que estou satisfeito com isso não é a melhor situação. Creio que fizemos mais um bom jogo, acredito que poderíamos ter vencido a partida. É um sentimento ambíguo, poderíamos ter vencido, fizemos por onde, mas é mérito dos jogadores que lutaram até o fim. Espero que seja o empate com um simbolismo da virada de chave, para a gente sair desses 28 pontos que estacionam­os e que a gente consiga novos resultados, triunfos pela frente”, disse ele.

“Faltou mais tranquilid­ade no passe final, pesou o fato de, mais uma vez, ter tomado o gol no início do jogo, tivemos que correr atrás, e quando corre atrás gasta mais energia do que o adversário, fica mais vulnerável, a confiança fica abalada. Porém, conseguimo­s ser mais agressivos e concentrad­os para não dar tantos espaços, o adversário não ampliou o placar, conseguimo­s o empate e faltou pouco para que a gente voltasse a vencer”, continuou o treinador.

Quem também analisou o empate sob olhar positivo foi o lateral Nino Paraíba. Autor do passe para o gol de Gabriel Novaes, ele disse que o grupo conversou antes do jogo.

“Deus é maravilhos­o. A gente vem trabalhand­o, sete jogos sem vencer, sabíamos da importânci­a do jogo e conversamo­s no vestiário de que não poderíamos perder. Pelo menos um ponto tínhamos que levar, e conseguimo­s. Agora é fazer o dever de casa”, explicou o lateral.

ESCALAÇÃO DIFERENTE

Já sobre o time que iniciou a partida contra o Dragão, Dado aproveitou para explicar as mudanças que promoveu. Mesmo tendo elogiado a postura do meio-campo na derrota de 2x1 diante do Grêmio, ele sacou Ramon e voltou ao esquema com um atacante pelo lado. Segundo ele, a saída do volante foi uma opção tática para o duelo.

“A condição do Ramon aconteceu por uma troca tática. No jogo passado utilizei quatro homens de meio, Ronaldo, Ramon, Daniel e Ramírez, mas fiz a opção diferente de utilizar apenas três. Dei preferênci­a ao Daniel e ao Ramírez, por isso o Ramon ficou no banco”, explicou.

Em relação ao sistema defensivo, Dado afirmou que optou por Juninho no lugar de Anderson Martins pela velocidade que o primeiro defensor pode dar.

“Anderson (Martins) fez a melhor partida dele no Bahia [contra o Grêmio], porém é um jogador que joga mais pelo lado esquerdo e o Juninho havia ficado fora do jogo. A grande diferença entre os dois é que o Anderson é construtor, mas técnico, o que me dá um retorno positivo, mas o Juninho é um jogador mais rápido. Optei por dar mais liberdade ao Matheus Bahia, os contra-ataques poderiam surgir nas costas do Matheus, como aconteceu. Foi uma escolha estratégic­a”.

O Bahia agora volta aos gramados apenas no dia 20 de janeiro, quando recebe o Athletico-PR, na Fonte Nova. Restando nove jogos para o fim da Série A, o Esquadrão soma 29 pontos.

 ?? HEBER GOMES/ESTADÃO CONTEÚDO ?? Surpresa no time titular do técnico Dado Cavalcanti, Fessin é marcado de perto. Atacante não fez uma boa partida e foi substituíd­o no 2º tempo
HEBER GOMES/ESTADÃO CONTEÚDO Surpresa no time titular do técnico Dado Cavalcanti, Fessin é marcado de perto. Atacante não fez uma boa partida e foi substituíd­o no 2º tempo

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