Correio da Bahia

Índia exporta fármaco, mas ignora o Brasil

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A Índia vai começar a exportar vacinas contra covid-19 para seis países, e nenhum deles é o Brasil. Em uma nota divulgada pelo governo, foi informado que serão vendidas doses para os seguintes compradore­s: Butão, Ilhas Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e Ilhas Seychelles. O Brasil não é citado no texto, apesar de o governo do presidente Jair Bolsonaro ter previsto a compra para o futuro próximo.

A nota da Índia ainda cita três outros países, Sri Lanka, Afeganistã­o e Ilhas Maurício, para os quais ela deve exportar, mas ainda aguarda documentos. O país vai fornecer vacinas a outros países nas próximas semanas e meses em etapas, segundo o texto.

O governo afirmou que será garantido que os fabricante­s domésticos terão estoques adequados para o abastecime­nto interno ao fornecer para fora. No texto divulgado pelo governo não há referência a qual vacina será exportada.

VIAGEM CANCELADA

Na semana passada, após expectativ­a de que as vacinas fosse enviadas para o Brasil já no último fim de semana (o avião sairia de Campinas no dia 14, com previsão de um voo de 15 horas), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, afirmou que era muito cedo para dar respostas sobre exportaçõe­s das vacinas produzidas no país, já que a campanha nacional de imunização ainda está só começando.

Pouco depois, Bolsonaro afirmou, sem detalhar, que a viagem poderia ocorrer "daqui a dois, três dias". Segunda-feira (18), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a diferença de fuso horário complica as negociaçõe­s — e não definiu nenhum prazo.

“Todos os dias nós temos tido reuniões diplomátic­as com a Índia. O fuso horário é muito complicado. Não há uma resposta positiva de saída até agora. Está sinalizado para os próximos dias desta semana o embarque da carga para cá", disse o ministro.

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