Maia: ‘China acelerará envio de insumos para vacinas’
PANDEMIA Após se reunir com o embaixador chinês, Yang Wanming, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), descartou possíveis obstáculos políticos como motivo para o atraso do envio de insumos para a produção da vacina contra a covid-19 no Brasil. Segundo ele, houve compromisso do representante da China para acelerar os trâmites para a importação das matérias-primas. Maia afirmou ainda ter informações de que não houve diálogo entre o governo brasileiro e a embaixada, apesar da iminência de paralisação da vacinação contra covid-19 no país por falta de insumos.
"Ele (Wanming) abriu a conversa já tratando que de forma nenhuma haveria obstáculos políticos para exportação dos insumos da China. Falou da importância da relação do Brasil com a China, do governo de São Paulo. Parabenizou o governador João Doria e o Instituto Butantan, da vacina que já começou a ser utilizada", disse Maia. "O embaixador me disse que não havia obstáculo político, havia problema técnico".
Maia pediu a audiência com o embaixador após o Instituto Butantan alertar sobre a possibilidade de paralisação da vacinação contra a covid-19 no país por falta de matéria-prima. A campanha de imunização começou com apenas seis milhões de doses da Coronavac, importadas da China. Anteontem, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que a entrega da vacina de Oxford contra a covid-19 vai atrasar de fevereiro para março devido à demora na chegada do insumo farmacêutico ativo (IFA), que vem da China.
A iniciativa de Maia ocorre também após integrantes do governo brasileiro entrarem em conflito com os chineses em outras ocasiões. O presidente Jair Bolsonaro e membros do governo, como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, têm nos últimos meses feito críticas ao governo chinês e colocado em dúvida a eficácia da vacina produzida pelo país asiático.
Além disso, nas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro, filh do presidente, havia vinculado o governo chinês à "espionagem" por meio da tecnologia 5G, o que provocou protesto dos chineses. Para o Itamaraty, chefiado
PRIVILÉGIOS O Ministério Público (MP), a Defensoria Pública e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Amazonas questionaram o governo do estado sobre o número de doses da Coronavac recebidas, o rateio entre as cidades e a lista de profissionais de saúde imunizados. A vacinação do filho de um deputado estadual e de duas irmãs filhas de um empresário por Ernesto Araújo, a réplica chinesa criou "fricções desnecessárias" e prejudicou a boa relação entre os países.
Maia admitiu a existência dos ruídos provocados pelo governo brasileiro em relação à China, mas afastou uma possibilidade de retaliação por causa disso. "Não acredito de forma nenhuma que China vai retaliar produção de vacinas no Brasil", disse o parlamentar.
"Sabemos das críticas exageradas e equivocadas do governo brasileiro à China, mas não cabe focarmos nesse problema. Governos são transitórios, o que se espera é que esse governo dure quatro anos no máximo", afirmou. Para Maia, a maioria dos brasileiros sabe da importância da reunião bilateral com China.
Não acredito de forma nenhuma que China vai retaliar produção de vacinas no Brasi Rodrigo Maia Presidente da Câmara dos Deputados
local, todos médicos recém-formados, motivou críticas, ontem.
Na noite de anteontem, David Dallas e as gêmeas Gabrielle e Isabelle Kirk Lins publicaram fotos nas redes sociais do momento em que eram vacinados. O jovem é filho do deputado estadual Wanderley Dallas (Solidariedade). Elas, de 24 anos, são filhas dos donos da universidade
e hospital Nilton Lins, alugado como hospital de campanha. Os três não atuavam na linha de frente contra a covid-19.
Isabelle teve nomeação publicada no Diário Oficial do Município um dia antes da vacinação. Os outros dois tiveram a nomeação publicada no dia seguinte. Eles não ocupam cargos de médicos, mas de gerentes de