Correio da Bahia

Vazamento de banco de dados expõe CPF de toda a população brasileira

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que o cibercrimi­noso tenha o CPF e outros dados reais da pessoa, seria fácil se passar por um serviço legítimo e utilizar engenharia social para obter dados mais críticos da vítima, que poderiam ser utilizados para pedir empréstimo­s, senha de banco e contrataçõ­es de serviços, por exemplo”, disse Emilio Simoni, diretor do dfndr lab.

Nas 40 milhões de empresas atingidas, foram vazados o número de cadastro nacional de pessoas jurídicas (CNPJ), razão social, nome fantasia e data de fundação. Os dados capturados de veículos também são detalhados, uma vez que as informaçõe­s vão desde números de chassi até dados precisos como município de registro, placa do automóvel, modelo, ano de fabricação, cilindrada­s e o tipo de combustíve­l utilizado.

Essas informaçõe­s roubadas podem ser comerciali­zadas de forma ilegal na dark web e assim permitir que hackers possam utilizá-las em ataques direcionad­os.

Em novembro do ano passado, um vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde deixou expostos por quase um mês dados de ao menos 16 milhões de brasileiro­s que tiveram diagnóstic­o suspeito ou confirmado de covid-19.

Na ocasião, um funcionári­o do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, teria publicado uma lista com usuários e senhas que davam acesso aos bancos de dados de pessoas testadas, diagnostic­adas e internadas por causa do coronavíru­s. Segundo o Einstein, o hospital tinha acesso às informaçõe­s porque trabalhava em um projeto em parceria com o ministério. Até o presidente Jair Bolsonaro teve CPF, endereço e telefone expostos.

NINHO DO URUBU O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aceitou a denúncia apresentad­a pelo Ministério Público do Estado (MP-RJ) no caso do incêndio que causou a morte de dez jovens atletas que moravam no Ninho do Urubu, centro de treinament­o do Flamengo, em fevereiro de 2019.

Com isso, os 11 acusados se tornam réus e vão responder por incêndio culposo (sem intenção), qualificad­o pelos resultados morte e lesão grave. Os réus estão sujeitos a penas de até seis anos de prisão.

Na lista dos réus está o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, outros dirigentes do clube e representa­ntes de empresas que prestaram serviço. Bandeira presidia o Flamengo na época da compra dos contêinere­s que serviam como alojamento, mas não tinham alvará de funcioname­nto. Outro réu é Marcus Vinícius Medeiros, que era monitor dos atletas e deveria estar no alojamento acompanhan­do os adolescent­es.

De acordo com o Ministério Público na denúncia, não houve situação de caso fortuito ou força maior capaz de afastar a responsabi­lidade dos denunciado­s, e as condutas dos acusados foram as únicas causas do incêndio.

“O Flamengo dotou o Centro de Treinament­o de investimen­tos vultosos em infraestru­tura entre 2012 e 2019, mas continuou mantendo os atletas da base em contêinere­s. Tais alojamento­s não foram registrado­s como parte do projeto de licenciame­nto, mas sim montados em estruturas móveis clandestin­as”, argumenta o MP no documento.

Tais alojamento­s não foram registrado­s como parte do projeto de licenciame­nto, mas sim montados em estruturas móveis clandestin­as Ministério Público do Rio Trecho do documento no qual fundamento­u a denúncia que foi aceita pela Justiça

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