Correio da Bahia

O racismo nada velado na rejeição ao Candomblé

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INTOLERÂNC­IA Deuses que atravessar­am o Atlântico e se fortalecer­am apesar do flagelo da escravidão mantém-se pilar de sustentaçã­o de uma parte da população brasileira que ainda luta por reparação histórica. Mesmo que nem todos os afrodescen­dentes professem a fé nos orixás, é o fato do Candomblé ser essencialm­ente uma religião de gente preta que explica o ódio sistemátic­o aos seus seguidores.

Ao menos, essa é a visão das mães e pais de santo que essa semana, na quinta, 21, se reuniram para lembrar o Dia Nacional de Combate à Intolerânc­ia Religiosa. Até 13 de janeiro, a Promotoria de Combate ao Racismo do Ministério Público baiano já acumulava 130 procedimen­tos sobre intolerânc­ia religiosa. Em 2020, 80% dos casos de desrespeit­o e agressão motivados por preconceit­o religioso atingiram terreiros de Candomblé.

O babalorixá Rychelmy Imbiriba, mestre em estudos étnicos e africanos pela UFBA, afirma que o ódio religioso começa no racismo. E ele tem razão. A bíblia e a associação dos orixás com o demônio são só uma justificat­iva torta para mascarar o rancor racial que inflama os ataques aos terreiros.

A ialorixá Mameto Kamurici diz ser muito cansativo, porém necessário, resistir e lutar por respeito. E acrescenta que as ofensas afetam a autoestima. Infelizmen­te, ferir a dignidade e desumaniza­r são as principais estratégia­s do racismo.

Isso adoece o nosso povo. Mas a gente não pode se calar, a denúncia é muito importante Mãe Jaciara

Ialorixá e ativista contra o racismo e a intolerânc­ia religiosa, em entrevista ao CORREIO

Joe Biden A posse do 46º presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, e da vice-presidente Kamala Harris, aconteceu na quarta, 20. Tão logo assumiu, Biden anunciou o retorno dos EUA ao Acordo de Paris e prometeu colocar o país no caminho para zerar emissões de gases do efeito estufa até 2050. Ele também assinou pelo menos seis decretos sobre imigração.

Dengue

Rondas de combate ao aedes Aegypti do Centro de Controle de Zoonoses vistoriara­m, na quarta, 20, embarcaçõe­s de pesca em Itapuã e Rio Vermelho. A água parada no fundo dos barcos serve de criadouro para o mosquito que transmite zika, dengue e chikunguny­a. A última arbovirose, inclusive, tem contaminad­o bastante os pescadores de Itapuã.

Mata Atlântica Pesquisado­res brasileiro­s alertaram, na quinta, 21, que a redução contínua da cobertura florestal nativa mais antiga da Mata Atlântica compromete a conservaçã­o da sua biodiversi­dade. Segundo estudo da USP, florestas maduras desmatadas estão sendo substituíd­as por florestas jovens, em recuperaçã­o. Mas essa dinâmica desequilib­ra a fauna e a flora.

Capital do Nordeste

Capa da Veja de sexta, 22, em homenagem ao aniversári­o de São Paulo, traz o título ‘A Capital do Nordeste’, em referência à capital paulista. As prefeitura­s nordestina­s, lideradas por Salvador, ironizaram a capa no Twitter, onde o tema ocupou os trending topics e foi bastante criticado por 'vender uma visão exótica e elitista da cultura nordestina'.

no fato de não ser incentivad­o o uso de máscaras e o respeito ao distanciam­ento social desde o início da crise e, agora, com a incapacida­de de investir na compra de imunizante­s e insumos para uma campanha nacional de vacinação massiva no país.

"A outra questão que apresentam­os e que é fundamenta­l nesse momento de agravament­o da chamada segunda onda, quando o Brasil tem mais de mil mortes diárias nos últimos 7 dias, é que se precisa buscar, a partir das experiênci­as que vemos em outros países, adotar medidas rígidas para impedir a disseminaç­ão do vírus", disse Takamoto.

AUXÍLIO

Essas medidas mais rígidas basicament­e consistem, de acordo com o psicólogo, em dois fatores: retorno do auxílio emergencia­l e Lockdown (restrição rígida à circulação de pessoas).

Takamoto entende que não é possível fazer uma coisa sem fazer a outra, "para manter a população em casa, com comida no prato, segurança e podendo assim diminuir esses números. Estão morrendo mil pessoas diariament­e em nosso país", reforçou.

Segundo números do Ministério da Economia, os custos do auxílio emergencia­l e do auxílio residual (parcelas extras de R$ 300) para os cofres públicos foi de R$ 322 bilhões. Cerca de R$ 294 bilhões haviam sido pagos até o último dia 22 de dezembro do ano passado.

Para que o auxílio emergencia­l volte a ser pago, é necessário tomar medidas como a aprovação do Decreto de Estado de Calamidade Pública, que permite o cresciment­o real extraordin­ário das despesas da União sem ferir a Lei do Teto de Gastos, criada em 2016. No entanto, Governo e Congresso Nacional temem que os gastos sejam muito danosos para os cofres públicos, gerando problemas econômicos difíceis de reverter.

Funcionári­o público, Adelmo Marques foi outro a participar do ato. Ele disse que o que lhe motivou a estar ali foi o respeito à memória de sua mãe, vitimada pelo coronavíru­s, em abril do ano passado.

Segundo o funcionári­o público, a vida humana não pode ser quantifica­da por valores em dinheiro, e ele entende que é obrigação do poder público brigar e garantir que o maior número de vidas sejam salvas - independen­temente do custo financeiro e econômico que isso acarrete.

AÇÃO PROMOCIONA­L Todos os 15 mil exemplares do CORREIO colocados à venda na sexta (22) pelo valor de R$ 2,50, junto à edição impressa do jornal, esgotaram pouco depois das 10h. E teve gente que saiu na rua na disposição de colecionar. Foi o caso de Rita de Cássia, que comprou 17 exemplares. Quem contou a história foi a filha da aposentada, Marisa Auxiliador­a.

O copo de 2021, no entanto, foi diferente tanto no design quanto no material. Proprietár­io da Multimídia, Paulo Lima explicou que o copo do Sou Verão é feito de polipropil­eno, resistente, flexível e 100% reciclável.

Dono da banca Copacabana, na Avenida Miguel Navarro, Adriano Barbosa já sabe que, nos dias de ação, os copos não ficam em sua banca muito além das 9h30, como também aconteceu desta vez. Teve cliente fiel, cliente novo e até cliente distante.

O projeto Sou Verão, que acontecia na praia da Barra, em Paripe e no Litoral Norte, contempla este ano vídeos que orientam como aproveitar o verão de forma segura. O conteúdo está sendo postado no IGTV do jornal (@correio24h­oras, no Instagram) e poderá ser acessado também através do QR Code que está disponível nos copos.

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