‘O primor de meu pai é pela qualidade’
A Bahia queria saber e o CORREIO foi atrás. Que história é essa que a Capelinha fechou? Conversamos com a filha de seu Antonio, Rosilene Santos, que além de matar nossa curiosidade sobre o futuro da empresa, nos contou algumas histórias de seu pai e a relação de amor com os picolés.
A Capelinha fechou?
Não! Demos um tempo para se capitalizar e se modernizar para voltar com tudo.
Os picolés sempre foram muito copiados. Isso atrapalhou vocês?
A gente sempre teve um público muito fiel, mas essa pirataria atrapalhou. A forma de combater isso é muito difícil. Como é que corre atrás dos picoleteiros? Já pensamos em entrar com algumas ações, mas meu pai nunca quis essas demandas judiciais.
Algumas pessoas e alguns picoleteiros dizem que caiu a qualidade. Vocês estavam colocando mais água?
A fórmula nunca foi alterada. Meu pai sempre foi muito fiel à qualidade do produtor. A fruta, a gente só usa da estação. O primor de meu pai é pela qualidade e produção artesanal.
Disseram também que o tamanho diminuiu. É verdade? Sempre foi o mesmo modelo de forma. A quadradinha. Meu pai nunca quis mudar esse formato porque o picolé quadrado é uma marca registrada da Capelinha.
Capelinha ganhou fama por causa dos sabores inovadores criados. Como surgiam essas ideias?
Meu pai sempre foi muito de desafio. Meu pai começou a fazer picolé de jaca e foi criticado, mas hoje é um sabor consagrado.
Quantos picolés Capelinha chegou a vender em um verão?
Já chegou a produzir 15 mil picolés por dia.
O isopor dos picoleteiros também é uma marca. Como começou essa história do isopor?
Meu pai acredita que o isopor aproxima as pessoas. O carrinho não chega com a mesma precisão.