ESTADO VOLTA A FICAR NO LIMITE DE FORNECIMENTO
OXIGÊNIO O Amazonas corre o risco de novo colapso no fornecimento de oxigênio, caso a demanda diária, hoje superior a 80 mil metros cúbicos por dia, aumente nos próximos dias. Segundo a única produtora no estado, a White Martins, nos últimos cinco dias a empresa atingiu o limite máximo de entrega, duas vezes e meia a capacidade de produção de sua planta em Manaus, que é de 30 mil metros cúbicos por dia. No dia 14, os hospitais de Manaus entraram em colapso por causa da falta de oxigênio. Diante da crise, o Amazonas recebeu remessas de cilindros enviadas pelo governo federal e também doações. Segundo a reportagem apurou, o cenário de crise de duas semanas atrás ainda não se repete nas unidades de saúde, mas o aviso da White Martins acende o alerta no estado.
FURA-FILASA Justiça Federal no Amazonas suspendeu, ontem, a distribuição de todas as doses da vacina de Oxford (desenvolvida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca) em Manaus. A capital do estado deveria receber 74.134 doses, informou a prefeitura.
A decisão da juíza federal Jaiza Fraxe afirma que a Prefeitura de Manaus precisa, em especial, garantir a total transparência na programação e critérios para vacinação contra covid. A vacinação em Manaus foi suspensa na última quinta-feira (21) e só foi retomada na noite de sexta (22), por conta de denúncias de "fura-fila".
As 132.250 doses da vacina de Oxford chegaram a Manaus na noite de sábado (23). Na semana passada, o Amazonas iniciou a vacinação contra a covid após a chegada de 282 mil doses da Coronavac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com Instituto Butantã.
O Amazonas enfrenta um novo surto de Covid e sofre com colapso no sistema de saúde provocado por falta de leitos e de oxigênio. Mais de 200 pacientes com a doença já fora enviados para outros estados e a previsão é que 1,5 mil ainda sejam transferidos, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Até anteontem, mais de 250 mil casos confirmados de covid foram registrados, e mais de 7,2 mil pessoas morreram com a doença.
A decisão da juíza Fraxe atende a uma Ação Civil Pública dos Ministérios Públicos do Estado (MPE), Federal (MPF), do Trabalho (MPT) e Especial junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), e Defensorias Públicas da União (DPU) e do Estado (DPE), contra o Município de Manaus.