Correio da Bahia

Insumos para vacina já estão a caminho

Covid Os 5,4 mil litros do produto devem chegar no Brasil daqui a uma semana

- Das agências REPORTAGEM redacao@correio24h­oras.com.br

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) confirmou ontem a entrega de 5,4 mil litros de insumos para a Coronavac, vacina contra a covid-19 desenvolvi­da pela Sinovac e produzida no país pelo Instituto Butantan. A previsão de entrega é na próxima quarta, dia 3, e equivale a 8,6 milhões de doses. Mais cedo, ele se reuniu virtualmen­te com Yang Wanming, embaixador da China no Brasil, que participou virtualmen­te da coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirant­es.

Dimas Covas, diretor do Butantan, afirmou que além dos 5,4 mil litros de insumos, outros 5,6 mil já estariam “em processo adiantado” de liberação. “Com esses dois lotes, regulariza­remos as nossas entregas ao Ministério [da Saúde]”, afirmou, dizendo que entregaria 40 milhões de doses da Coronavac ao governo federal até abril, com possibilid­ade de fornecimen­to para outras 54 milhões de doses.

De acordo com Covas, as doses que já estão prontas começarão a ser liberadas para o Ministério da Saúde nessa sexta-feira. Os 5,4 mil litros que chegarão na próxima semana serão liberados 20 dias após a entrega dos insumos.

Na véspera, Doria e o presidente da República, Jair Bolsonaro, se desentende­ram sobre quem teria sido o responsáve­l pela liberação dos insumos. Momentos após o presidente ter anunciado a chegada de insumos “para os próximos dias”, agradecend­o o “empenho” dos ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Eduardo Pazuello (Saúde) e Tereza Cristina (Agricultur­a), o governador de SP negou que eles sejam responsáve­is pela conquista.

“Todo o processo de negociação com o governo chinês para a liberação de 5.400 litros de insumo para a vacina do Butantan foi realizado pelo Instituto e pelo governo de São Paulo, que vem negociando com os chineses a importação de vacinas e insumos desde maio do ano passado”, garantiu Doria.

Ontem, Pazuello, enviou uma carta ao embaixador da China no Brasil, agradecend­o pela liberação dos insumos.

Em seu pronunciam­ento no período da manhã de ontem, Wanming afirmou que a China mantém tradiciona­lmente uma relação amistosa com o Brasil e que a liberação dos insumos demorou “por questões técnicas e não políticas”. “Os avanços significat­ivos da cooperação entre a Sinovac e o Instituto Butantan evidencia a atitude científica e rigorosa dos pesquisado­res científico­s de ambos os países”, frisou.

ENTREGA

Os 40 milhões citados por Doria são o valor aproximado de doses da Coronavac que o Butantan ainda precisa entregar ao governo federal. O total da compra foi de 46 milhões, que devem ser entregues até o final de abril. O primeiro lote com os imunizante­s importados da China foi enviado no dia 18, após a Anvisa ter aprovado seu uso emergencia­l.

O segundo lote da Coronavac, com outras 4,1 milhões de doses, foi aprovado dois dias depois. Desse, 900 mil já foram entregues na semana passada e outros 3,2 milhões ainda precisam passar pela inspeção de controle de qualidade.

Ao todo, o Butantan já tem 10,1 milhões de vacinas prontas para entregar.

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CADU ROLIM/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Primeira vacina a ser usada no Brasil, a Coronavac terá mais doses liberadas com insumos

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