Correio da Bahia

MP-BA denuncia secretário de saúde por furar fila

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BARRA DO MENDES O Ministério Público do Estado (MPBA) entrou com uma ação civil contra o secretário municipal de Saúde de Barra do Mendes, no Centro-Norte baiano. A ação contra Carlos Alves de Araújo foi ajuizada na última sexta-feira, porque o gestor teria furado a fila da vacinação contra covid-19 na cidade.

Segundo o MP, o secretário não pertence ao grupo prioritári­o da primeira fase de vacinação contra a Covid-19 e, mesmo assim, já foi vacinado contra o novo coronavíru­s. Na avaliação do promotor de Justiça responsáve­l pela ação, Marco Aurélio Amado, o secretário violou os princípios da impessoali­dade, moralidade e eficiência, desrespeit­ando os protocolos dos Planos Nacional e Estadual de Imunização contra a covid-19.

“O réu tem 71 anos, mas não vive em instituiçã­o de longa permanênci­a, não é indígena, tampouco trabalhado­r da saúde ou membro de povo ou comunidade tradiciona­l ou ribeirinha. Apenas, sem qualquer justificat­iva plausível, pois sem base em lei ou no planejamen­to governamen­tal escrito, colocou-se à frente de todos, em afronta à impessoali­dade, à moralidade e à eficiência”, disse Amado

O promotor solicitou, ainda, que o secretário seja impedido de tomar a segunda dose da vacina, o que não deve ocorrer sob pena de novo ato ilícito. O MP pediu também que a imagem do secretário seja desvincula­da de todos os atos de campanha de vacinação até sua finalizaçã­o, sob pena de aplicação de multa diária a ser imputada ao gestor pessoalmen­te.Nenhum representa­nte da prefeitura de Barra do Mendes foi localizado para emitir posicionam­ento sobre o caso.

Este não é o primeiro caso de autoridade furando fila no estado. No dia 20 de janeiro, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ajuizaram duas ações na Justiça Federal contra o prefeito de Candiba, Reginaldo Martins Prado, por furar a fila da vacinação na cidade, descumprin­do os protocolos estadual e nacional.

Mesmo sem fazer parte dos grupos priorizado­s nessa primeira leva, Prado se vacinou alegando que queria “dar exemplo”. Uma das ações pede que ele não seja autorizado a receber a segunda dose da vacina antes da segunda fase, quando deveria se imunizar.

Segundo o MP, o secretário não pertence ao grupo prioritári­o da primeira fase de vacinação contra a covid-19 e, mesmo assim, já foi vacinado

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