Trabalho deve ser contínuo, afirma professor
A maioria dos condutores de veículos anda na linha. Em 2020, segundo dados da Transalvador, mais de 80% dos veículos não foram autuados. Para o professor da Escola Politécnica da Ufba e especialista em planejamento e gestão de trânsito, José Lázaro Santos, o cenário de redução do número de multas e de acidentes fatais se deve a três fatores: atuação do poder público, através da fiscalização, realização de campanhas e projetos de educação no trânsito e o valor das multas.
“De 2013 para cá, Salvador investiu bastante em fiscalização eletrônica, mais radares e semáforos com fotosensor. A punição acaba funcionando, porque tem gente que não respeita a sinalização e as regras, só respeita através da fiscalização punitiva”, analisa Santos.
Ele acredita que os indicadores são bons, mas ressalta que o trabalho não é simples e deve ser contínuo. “É preciso, além de manter as vias em boas condições, aliar punição e educação, principalmente entre os jovens".
Além da aplicação de multas, ações educativas, como o Condutor Cidadão e a Operação Volta às Aulas, também fazem parte do trabalho da Transalvador para promover um trânsito mais seguro na cidade. Além desses, há o Condutores do Futuro, trabalho feito nas escolas públicas e privadas de Salvador. Com a pandemia, as palestras passaram a acontecer de maneira virtual.